Números oficiais apontam já para 2.012 mortos e 2.059 feridos. Próximas 24 a 48 horas são vitais para salvar vidas entre os escombros.
As equipas de resgate marroquinas estão a concentrar os esforços na busca de sobreviventes entre os escombros causados pelo sismo de sexta-feira à noite, que abalou o sul de Marrocos e cujo epicentro se localizou nas montanhas do Alto Atlas. Aquele que já é o sismo mais grave em 60 anos - com mais de 2.000 mortos - teve uma magnitude de 6.8 na escala de Richter.
Pela segunda noite, muitos foram os que preferiram dormir ao relento para evitar réplicas. Com as aldeias e vilas mais afetadas a serem as das áreas montanhosas, próximo de Marraquexe, as equipas de resgate debatem-se para chegar aos locais mais isolados. Contando ainda com estradas bloqueadas pela queda de partes da montanha que não resistiram ao abalo.
"Ainda há muitas pessoas debaixo dos destroços. As pessoas ainda procuram pelos seus pais", contou à Reuters, Adeeni Mustafa, residente na zona de Asni, perto das montanhas. "Muitas estradas estão cortadas", acrescentou.
Foi também nesta região, num vale por onde seguem as estradas que ligam Marraquexe ao Alto Atlas, que os jornalistas da Reuters viram maior grau de destruição. As casas plantadas na encosta estão agora destruídas, não há nenhuma intacta: as que não estão completamente arrasadas, têm grande pedaços em falta. Os minaretes das mesquitas ruíram.
Os jornalistas da Reuters encontraram Abdellatif Ait Bella deitado no chão, sem conseguir mexer-se ou falar, com a cabeça ligada devido a ferimentos provocados pela destruição do sismo. "Não temos casa para o levar e não comemos desde ontem", lamentou a sua mulher, Saida Bodchich, que se preocupa com o futuro da família de seis, já que o seu marido é o único sustento e se encontra gravemente ferido.
Nesta aldeia contam-se 10 mortos, incluindo duas adolescentes.
Os últimos números oficiais do Ministério do Interior apontam para 2.012 mortos e 2.059 feridos, dos quais 1.404 em estado crítico. O reino de Marrocos declarou, entretanto, três dias de luto nacional e o rei Mohammed VI apelou a que se rezasse pelos mortos este domingo.
A Organização Mundial da Saúde estima que mais de 300 mil pessoas tenham sido afetadas pelo sismo.
"As próximas 24 e 48 são críticas para salvar vidas", sublinhou, em comunicado, Caroline Holt, diretora-geral de operações da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
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