Caso gerou uma onda de protestos no País. Relatório da ONU dá conta que a Suíça enfrenta "sérios problemas de racismo sistémico".
Vai começar, esta segunda-feira, o julgamento de seis polícias suíços pela morte de um cidadão negro em 2018. Mike Ben Peter, um nigeriano de 39 anos, foi vítima de um ataque cardíaco enquanto era imobilizado pelas autoridades.
REUTERS / Denis Balibouse
O julgamento decorrerá de porta aberta, no tribunal de Lausanne, estando os seis homens acusados de homicídio por negligência.
Os advogados de defesa dos polícias já afirmaram que vão contestar a acusação e Simon Ntah, advogado da família de Mike Ben Peter, disse não ter esperança que os mesmos sejam condenados. Isto porque uma das maiores dificuldades deste caso é o facto de não existirem quaisquer imagens que comprovem o incidente.
De acordo com o processo, Mike Ben Peter foi detido na sequência de uma apreensão de droga. O nigeriano terá mostrado resistência e os polícias atuaram com gás pimenta e "chutos, joelhadas nas costas e nas virilhas". O alegado ataque terá durado cerca de três minutos, tendo o homem ficado inconsciente.
Um relatório da ONU, elaborado no ano passado, deu conta de que a Suíça enfrenta "sérios problemas de racismo sistémico" e que as autoridades aplicam "uso excessivo de força" em diversas situações.
O caso de Mike Ben Peter, que teve semelhanças claras com o assassinato de George Floyd nos Estados Unidos, acabou por gerar uma onda de protestos e manifestações na Suíça.
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