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Reino Unido promete treinar pilotos ucranianos e "nada está fora da mesa"

Leonor Riso
Leonor Riso 08 de fevereiro de 2023 às 18:42
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O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak deram uma conferência de imprensa conjunta em que o Reino Unido manifestou o seu compromisso contra a Rússia - apesar das ameaças de Moscovo.

O Reino Unido vai treinar pilotos ucranianos para usarem caças na guerra contra a Rússia, anunciou o primeiro-ministro Rishi Sunak no dia em que foi visitado pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Em conferência de imprensa, o líder britânico afirmou que nada está fora da mesa relativamente a dar jactos à Ucrânia para serem usados contra a Rússia. 

"O primeiro passo para sermos capazes de fornecer aeronaves avançadas é ter soldados ou aviadores capazes de as usarem. Isso é um processo que demora. Começámos esse processo hoje", frisou. Estas declarações surgem após o anúncio em como o Reino Unido treinaria pilotos ucranianos. "É porque queremos muito apoiar o presidente e o seu país para conseguirem a vitória."

"Nada está fora da mesa e a nossa liderança neste assunto é algo de que nos deveríamos orgulhar coletivamente", sublinhou. Contudo, não há prazo para o início da formação. 

Zelensky está numa visita europeia, tendo reunido com o rei Carlos III de Inglaterra, e seguem-se encontros com o presidente francês Emmanuel Macron e com o chanceler alemão Olaf Scholz. O presidente ucraniano marcará ainda presença no Conselho Europeu, em Bruxelas, e o seu objetivo é pedir caças. Em reação às palavras do primeiro-ministro britânico, disse: "Ouvi do primeiro-ministro o desejo de nos dar caças e oficialmente declarou que podem começar a treinar os nossos pilotos."

No início da conferência de imprensa, foi elogiado por Rishi Sunak. "É uma honra para nós ter-vos cá e a vossa coragem e a coragem das vossas famílias é inspiradora para nós. Estaremos aqui até ao fim e até vencerem."

O presidente da Ucrânia pede "asas pela liberdade": "Temos liberdade, dêem-nos asas para a protegermos", pediu durante um discurso aos deputados britânicos, tendo entregado um capacete de um piloto. 

A embaixada da Rússia no reino unido avisou Londres contra enviar jactos, porque isso teria ramificações no mundo inteiro. 

Kiev diz temer uma intensificação do conflito conforme se aproxima 24 de fevereiro, o dia em que passa um ano desde o início da guerra. 

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