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Putin rejeita cessar-fogo de 30 dias e continua os ataques à Ucrânia

Gabriela Ângelo 21 de abril de 2025 às 16:20
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O líder russo anunciou uma trégua de 30 horas durante o Domingo de Páscoa, mas rejeitou a hipótese de uma extensão por mais 30 dias, proposta pelo seu homólogo ucraniano.

Depois de uma trégua durante o Domingo de Páscoa, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que os ataques à Ucrânia vão continuar, rejeitando o acordo de cessar-fogo de 30 dias a pedido do seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky. 

Putin Páscoa
Putin Páscoa Ramil Sitdikov/Sputnik/Kremlin Pool Photo via AP

Os ataques regressaram depois de um cessar-fogo que durou cerca de 30 horas, durante a Páscoa, um dos feriados religiosos mais celebrados na Ucrânia, confirmou Putin à televisão estatal russa esta segunda-feira. 

Segundo a agência noticiosa Reuters, o líder russo disse ainda que a Rússia tem sempre "uma atitude positiva em relação a uma trégua, e por isso é que apresentámos esta iniciativa, especialmente porque estamos a falar dos dias brilhantes da Páscoa". 

Apesar de Kiev ter relatado que não houve qualquer alerta de ataques aéreos durante domingo, os militares russos continuaram a utilizar "armamento pesado" desde as 10h do mesmo dia. O líder ucraniano pediu então que houvesse uma extensão deste cessar-fogo de ataques de drones e mísseis aéreos durante 30 dias.

"Se a Rússia não concordar com este passo, será a prova de que tenciona continuar a fazer coisas que destroem vidas humanas e prolongam a guerra", afirmou Zelensky. 

Soldados ucranianos relataram à Agência France-Presse (AFP) que tinham notado que o campo de batalha se encontrava mais calmo e que a atividade tinha diminuído "significativamente nas regiões de Zaporíjia e Kharkiv". 

No entanto, assim que as 30 horas expiraram, Zelensky disse que a força aérea ucraniana emitiu alertas para ataques de mísseis e drones russos nas regiões leste e sudoeste da Ucrânia. As instruções do líder ucraniano para as forças militares foram: "Responderemos ao silêncio com o silêncio, os nossos ataques serão para nos protegermos dos ataques russos". 

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