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"Putin não quer o fim da guerra": Zelensky furioso após novo ataque da Rússia a Kiev com 500 drones

Há 11 feridos e 2.600 edifícios residenciais sem aquecimento.

Um forte ataque russo com mísseis e drones atingiu a cidade de Kiev durante a madrugada, causado 11 feridos. A agência Reuters adianta ainda que 2.600 edifícios residenciais da capital ucraniana ficaram sem aquecimento, o que constitui um grave problema quando estamos em pleno inverno.

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"Até esta manhã, parte da margem esquerda da região permanecia sem energia elétrica. Mais de 320 mil consumidores estão atualmente sem luz. Os profissionais do setor energético estão a trabalhar arduamente para restabelecer o fornecimento de energia o mais rápido possível e levar a luz de volta às pessoas. Hospitais, serviços de água, aquecimento, infraestrutura social, internet e comunicações foram conectados a geradores de emergência. Todos os serviços públicos estão a funcionar. Estamos em contacto constante com as autoridades locais. Estamos a fazer tudo o que é necessário para ajudar as pessoas", garantiu nas redes sociais Mykola Kalashnyk, governador regional de Kyev.

Já Volodymyr Zelensky, que fala num ataque de quase 500 drones e 40 mísseis, diz que o sucedido esta madrugada é a prova de que a Rússia não está interessada na paz. "Muitas questões têm surgido nos últimos dias: qual é a resposta da Rússia às propostas para o fim da guerra apresentadas pelos Estados Unidos e pelo mundo? Os representantes russos participam em longas conversas, mas, na realidade, os mísseis falam por eles. Esta é a verdadeira postura de Putin e do seu círculo mais próximo. Não querem o fim da guerra e procuram aproveitar todas as oportunidades para causar ainda mais sofrimento à Ucrânia e aumentar a pressão sobre outros países do mundo. Isto significa que a pressão em resposta é ainda insuficiente", escreveu o presidente ucraniano na rede social X.

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"Se a Rússia transforma até o período do Natal e do Ano Novo numa época de casas destruídas e apartamentos incendiados, de centrais elétricas arruinadas, então esta atividade doentia só pode ser combatida com medidas realmente enérgicas. Os Estados Unidos têm essa capacidade. A Europa tem essa capacidade. Muitos dos nossos parceiros têm essa capacidade. A chave é usá-la", acrescentou.

Este ataque acontece na véspera de uma reunião de Zelensky com Donald Trump, que tudo indica terá lugar amanhã à noite, nos Estados Unidos. "A segurança deve ser garantida pelas maiores potências mundiais e iremos discuti-la em privado hoje e amanhã com os líderes europeus, com o Primeiro-Ministro do Canadá e com o Presidente dos Estados Unidos. Agradeço a todos os que estão ao lado da Ucrânia!"

O presidente ucraniano vai sair esta manhã da Polónia rumo ao Canadá, seguindo depois para a Flórida, onde vai reunir-se com Trump, segundo a imprensa internacional.

Variações Presidenciais 

Foi o facto de se sentir zangado com a atitude da primeira figura do estado, que impulsionou Henrique Gouveia e Melo a se candidatar ao cargo de quem o pôs furioso.