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Boicote salva presidente da Coreia do Sul da destituição

Leonor Riso
Leonor Riso 07 de dezembro de 2024 às 11:53
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Os deputados do partido no poder consideram discutir nova moção na próxima semana. Presidente Yoon Suk Yeol tentou impor a lei marcial no país, desistindo seis horas depois.

A maioria dos deputados do partido no poder na Coreia do Sul abandonaram o parlamento do país para boicotar a votação da destituição do presidente Yoon Suk Yeol, o que livrou o presidente desta tentativa de saída do poder. Yoon Suk Yeol tentou impor a lei marcial no país, numa decisão que depois atribuiu ao "desespero". 

Reuters

Durante o debate e votação, quase todos os deputados do Partido do Poder Popular (PPP) saíram do parlamento: só um ficou sentado, apesar dos pedidos dos deputados do Partido Democrata (PD), da oposição, para que ficassem. A moção foi interposta pelo PD, mas desta forma, não se reúnem as condições para a votar. A oposição precisa de pelo menos oito votos do PPP para chegar à maioria de dois terços do parlamento. 

À Reuters, um dos deputados do PPP que voltou disse ter votado contra a moção de destituição por não concordar com ela, mas também crê que Yoon não é qualificado para ser presidente da Coreia do Sul. 

Caso não seja possível votar este sábado, haverá nova votação na quarta-feira, indicou o partido da oposição. 

Esta manhã, o presidente Yoon pediu desculpas aos sul-coreanos por tentar impor a lei marcial pela primeira vez em 44 anos, num discurso televisivo. Não se demitiu apesar da pressão para sair, e disse que a decisão se deveu ao "desespero". Este sábado, os deputados votaram numa moção que escolhe um procurador especial para investigar as alegações de manipulação de preços de ações contra a sua mulher. Yoon Suk Yeol rescindiu à lei marcial seis horas depois de a anunciar. "Encarrego o meu partido de tomar passos para estabilizar a situação politica no futuro, incluindo o assunto do meu mandato", afirmou no discurso em que também garantiu que não tentará de novo estabelecer a lei marcial. 

O líder do partido no poder, Han Dong-hoon, diz que o presidente já não está em posição de levar a cabo os seus deveres públicos e que a sua demissão é inevitável. 

Caso Yoon Suk Yeol seja destituído, a Coreia do Sul fará eleições presidenciais no prazo de 60 dias. 

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