Presidente ucraniano admite que versão revista do plano de paz dos EUA "parece melhor", mas precisa ainda de ser trabalhada.
O tom do Presidente ucraniano foi de otimismo depois do encontro com o homólogo francês, esta segunda-feira em Paris, e de uma videoconferência com perto de uma dúzia de líderes europeus para definir os próximos passos, numa semana que se aponta como decisiva para o conflito que está prestes a entrar no quarto ano.
Emmanuel Macron recebeu o homólogo ucraniano no Eliseu.Christophe Ena/AP
“É um processo, ainda não acabou”, afirmou Volodymyr Zelensky, considerando que a questão do controlo da Ucrânia sobre os seus territórios é “o mais complicado” nas discussões sobre o plano.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, fez questão de sublinhar que as negociações ainda estão numa “fase preliminar”, mas considerou a atividade diplomática intensa "um momento que pode ser um ponto de viragem" para o futuro da paz na Ucrânia e da segurança na Europa.
Após críticas da Ucrânia e dos seus aliados europeus, o Presidente norte-americano, Donald Trump, desvalorizou a estrutura original de 28 pontos do plano de paz da sua administração, que teria imposto limites à dimensão do exército da Ucrânia, bloqueado a adesão do país à NATO e exigido que a Ucrânia cedesse território, e que agora, diz, é um conceito que está a ser "aperfeiçoado".
O líder francês elogiou os esforços de paz dos EUA, mas insistiu que qualquer plano duradouro só pode ser “finalizado com os europeus à mesa”.
O presidente francês antecipa para os próximos dias "discussões cruciais" entre representantes dos EUA e parceiros ocidentais, que terão como objetivo clarificar a participação dos norte-americana nas garantias de segurança.
O gabinete de Macron indicou que foram tidas conversas com outros líderes europeus, incluindo da Grã-Bretanha, Alemanha, Polónia, Itália, Noruega, Finlândia, Dinamarca e Holanda. Também estiveram presentes o presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, e a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, bem como o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, em mais uma ronda de conversações na véspera do enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, se reunir com o Presidente russo, Vladimir Putin.
A chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, mostrou-se, no entanto, preocupada de que as negociações entre EUA e Rússia possam terminar com a Ucrânia a ter de fazer mais concessões, sendo pressionada a entregar território.
“Receio que toda a pressão seja colocada sobre a vítima”, disse Kallas aos jornalistas em Bruxelas, após presidir a uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da UE, nesta segunda-feira, antecipando, ainda antes do encontro, o que pode ser “uma semana crucial”.
Com agências
Plano revisto "parece melhor" mas trabalho continua, afirma Zelensky
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