Os migrantes, a maior parte de nacionalidade senegalesa, estiveram à deriva durante 41 dias apesar de terem alimentos suficientes apenas para sete.
Após um mês no mar uma piroga foi resgatada em Cabo Verde. A embarcação chegou a transportar 101 migrantes e pelo menos sessenta e três pessoas morreram à fome durante a viagem.
REUTERS
A longa viagem iniciou-se no porto de Saint Louis, na zona fronteiriça do Senegal com a Mauritânia, com 101 migrantes a bordo e tinha como destino a Europa. Os migrantes acabaram por estar à deriva durante 41 dias, apesar de terem apenas mantimentos para sete dias, e os sobreviventes foram resgatados em Cabo Verde, um dos principais países de trânsito dos fluxos migratórios da rota África Ocidental com destino à Europa.
Mais de metade dos migrantes acabaram por morrer e os seus corpos foram lançados ao mar devido ao estado de decomposição em que se encontravam.
A 14 de agosto a piroga foi avistada a 241 quilómetros da ilha do Sal pelas 7h00 locais, 9h00 em Lisboa, refere um relatório a que a Lusa teve acesso, de seguida um barco de pesca foi autorizado a proceder ao reboque para o porto de Palmeira, na ilha do Sal.
"Dos 45 migrantes, sete chegaram em estado de cadáver, sendo logo encaminhados para a morgue do hospital regional Ramiro Alves Figueira", pode ler-se no relatório. Assim sendo existiram apenas 38 sobreviventes, "todos do sexo masculino, 37 de nacionalidade senegalesa e um da Guiné-Bissau", quatro dos sobreviventes tinham idades entre os 12 e os 16 anos.
Ainda na terça-feira a ministra da Saúde cabo-verdiana, Filomena Gonçalves, apelou a uma maior concertação internacional para travar as mortes de migrantes no mar. No início do ano já o presidente José Maria Neves tinha pedido ajuda internacional para criar condições para prevenir a chegada de migrantes e promover o seu acompanhamento.
Em novembro de 2022 uma embarcação com 66 migrantes senegaleses deu à costa da ilha do Sal e poucos meses depois outra piroga deu à costa da ilha da Boa Vista com 90 migrantes africanos a bordo, dois deles já mortos.
Tanto Cabo Verde como Senegal são dois países importantes para os fluxos migratórios com destino à Europa, o Senegal como país de origem e Cabo verde como ponto de trânsito e manifestaram a sua vontade de reforçar a cooperação e trabalhar conjuntamente no combate à imigração ilegal.
A rota migratória de África Ocidental voltou a ter mais procura com o encerramento das fronteiras provocado pela pandemia da covid-19 e a crise económica associada.
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