Informação foi veiculada pelos meios de informação norte-coreanos. Travis King alegou ter sido alvo de "maus tratos desumanos e discriminação racial" nos EUA e no exército.
A Coreia do Norte confirmou publicamente que o soldado norte-americano Travis King entrou no seu território. O soldado de 23 anos manifestou "vontade de procurar refúgio" na Coreia do Norte ou num país terceiro por ter sido alvo de "maus tratos desumanos e discriminação racial" nos EUA e no exército, indicou a agência noticiosa do país.
REUTERS
Travis King confessou ter decidido entrar na Coreia do Norte porque "se opõe aos maus tratos desumanos e a discriminação racial no seio do exército americano", segundo o jornal Korean Central News Agency (KCNA). O jornal acrescentou que o soldado admitiu ter entrado "ilegalmente" no território da Coreia do Norte e referiu que a investigação continua em curso.
Um funcionário da Defesa norte-americano disse que os Estados Unidos não podem verificar os alegados comentários de Travis, mas "a prioridade do departamento é trazer o soldado King para casa, e estamos a trabalhar através de todos os canais disponíveis para alcançar esse resultado", menciona o funcionário.
Desde que o soldado atravessou a Linha de Demarcação Militar para a Coreia do Norte, os Estados Unidos tentam contactar a Coreia do Norte para obter informações sobre o estado de saúde de Travis, mas apenas esta segunda-feira é que obtiveram resposta.
A mãe de Travis King, Claudine Gates, apelou a Pyongyang para que tratasse o seu filho "com humanidade" e disse que "ficaria grata por um telefonema dele", disse o porta-voz da família, Jonathan Franks. Em agosto, depois da fuga do sobrinho, o seu tio Myron Gates relatou a uma televisão norte-americana que King tinha experienciado racismo durante a sua mobilização militar.
A administração de Biden tem estado a debater a possibilidade de designar King como um prisioneiro de guerra, o que lhe pode proporcionar mais proteção ao abrigo da Convenção de Genebra, mas ainda não foi tomada nenhuma decisão.
O soltado poderia qualificar-se para estatuto de prisioneiro de guerra, visto que a guerra entre as Coreias terminou em armistício e não num tratado de paz, o que significa que tecnicamente estão em guerra. As autoridades norte-americanas referem que King foi capturado pelos norte-coreanos após ter entrado no país por vontade própria, vestido de civil e numa visita civil à zona desmilitarizada, não como parte de um combate ativo entre as forças armadas dos Estados Unidos e da Coreia do Norte.
Travis tinha enfrentado acusações de agressão na Coreia do Sul e deveria ter regressado a Fort Bliss, no Texas, e se ter afastado das forças armadas apenas um dia antes de atravessar para a Coreia do Norte. O soldado atravessou a linha de demarcação militar da Coreia do Sul para a Coreia do Norte em julho quando decidiu fugir do aeroporto e integrou uma excursão à Zona Desmilitarizada.
Uma semana antes de atravessar a fronteira, King tinha sido libertado de um centro de detenção na Coreia do Sul, onde cumpriu 50 dias de trabalho forçado. A secretária do Exército, Christine Wormuth, disse que se King tivesse voltado para casa, "teria certamente sofrido consequências adicionais" por parte do Exército dos Estados Unidos devido à sua conduta na Coreia do Sul.
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