Centenas de pessoas em protesto contra a primeira mulher Presidente da Coreia do Sul acompanharam a votação dos deputados no exterior no parlamento
Os deputados da Coreia do Sul aprovaram esta sexta-feira a destituição da Presidente do país, Park Geun-hye, que terá agora de ser ratificada pelo Tribunal Constitucional para ser definitiva. Em causa poderá estar o envolvimento num caso de tráfico de influências e corrupção pelo Ministério Público.
A moção de destituição, apresentada na quinta-feira pela oposição, foi aprovada com 234 votos a favor e 56 contra e transfere para o primeiro-ministro os poderes da Presidente até haver decisão do Tribunal Constitucional.
Centenas de pessoas em protesto contra a primeira mulher Presidente da Coreia do Sul acompanharam a votação dos deputados no exterior no parlamento, depois de manifestações com centenas de milhar de sul-coreanos a reivindicar a demissão de Park terem enchido as ruas de Seul nas últimas semanas. Foram as maiores manifestações no país desde os protestos pró-democracia da década de 1980.
A indignação tem por base a ideia de que Park foi manietada durante o seu mandato por uma amiga, Choi Soon-sil, acusada de corrupção e tráfico de influências.
A Procuradoria da Coreia do Sul revelou que a Presidente teve um papel "considerável" no caso e acusou formalmente Choi Soon-sil e dois antigos assessores presidenciais, indicando que Park cooperou com a amiga e os outros dois ex-colaboradores, que são suspeitos de terem pressionado mais de 50 empresas do país a doar 65,7 milhões de dólares (62 milhões de euros) a duas fundações.
O escândalo "Choi Soon-sil Gate" reduziu a taxa de aprovação da Presidente a 5%, o valor mais baixo alguma vez alcançado por um chefe de Estado na Coreia do Sul desde que o país alcançou a democracia no final da década de 1980.
A 29 de Novembro, a Presidente sul-coreana disse que queria deixar o cargo antes do fim do mandato, em 2018, e pediu ao parlamento para preparar a transição. "Quando os deputados tiverem determinado as condições para uma passagem de poder que minimize qualquer vazio de poder e o caos na governação, eu saio", disse, numa declaração país transmitida pela televisão.
"Deixarei a questão da minha saída, incluindo a redução do meu mandato, a uma decisão da Assembleia Nacional", afirmou.
Parlamento da Coreia do Sul aprova destituição da Presidente
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.
Ricardo olhou para o desenho da filha. "Lara, não te sentes confusa por teres famílias diferentes?" "Não, pai. É como ter duas equipas de futebol favoritas. Posso gostar das duas."