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ONU diz que camiões de ajuda estão "novamente a caminho" de Gaza

Lusa 28 de maio de 2025 às 15:53
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Após um bloqueio total de quase três meses, Israel deixou entrar, desde a semana passada, dezenas de camiões de ajuda às organizações humanitárias,

O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Tom Fletcher, disse hoje que os camiões carregados com ajuda vital estão "finalmente de novo a caminho" para entregar suprimentos humanitários à Faixa de Gaza.

AP Photo/Abdel Kareem Hana

"Estou em contacto direto com a equipa em Gaza. Hoje será um dia crucial. Os camiões carregados de ajuda vital estão finalmente de novo em movimento", declarou o subsecretário na sua conta da rede social X.

Após um bloqueio total de quase três meses, Israel deixou entrar, desde a semana passada, dezenas de camiões de ajuda às organizações humanitárias, mas estas queixam-se de que não são suficientes para uma população de mais de dois milhões de pessoas, bem como de impedimentos à sua entrega devido à falta de segurança.

Ao mesmo tempo, Israel lançou na terça-feira, através de uma nova fundação apoiada pelos Estados Unidos, um novo sistema de distribuição concentrado em quatro pontos no sul de Gaza, enquanto a ONU o tem feito em centenas de locais em todo o enclave.

Este sistema tem a forte oposição da ONU e das organizações humanitárias, que afirmam que carece de neutralidade e que obriga os habitantes de Gaza a deslocações forçadas.

No primeiro dia do novo sistema de distribuição, um jovem de 19 anos foi morto e 48 outras pessoas ficaram feridas quando o exército israelita disparou contra centenas de pessoas que saltaram as vedações e invadiram descontroladamente uma das áreas de distribuição de ajuda geridas pela fundação.

Hoje, na mensagem, o subsecretário-geral das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários não se referiu ao acontecimento de terça-feira, mas disse estar impressionado com a coragem dos trabalhadores humanitários, que "continuam a enfrentar enormes desafios para retirar os abastecimentos dos postos de controlo e levá-los para onde são necessários".

"Um trabalho vital, que salva vidas", elogiou.

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