Sábado – Pense por si

O que se sabe sobre Baran, o menino salvo por portugueses na Turquia

Menino de dez anos encontra-se a recuperar. Pai acompanhou resgate. Bombeiro falou em Cristiano Ronaldo durante operação.

Baran tem dez anos e é um dos sobreviventes do sismo na Turquia. A criança foi retirada por elementos da equipa portuguesa envolvida nos esforços de busca e salvamento em Antáquia, região de Hatay.

A carregar o vídeo ...

A operação de resgate durou cerca de três horas e meia, entre as 17 e as 20 horas de sábado. Segundo oCorreio da Manhã, o pai acompanhou os trabalhos de resgate e um dos bombeiros que retirou Baran falou-lhe de Cristiano Ronaldo.

A criança ficou presa na que era a cozinha da sua casa, junto ao frigorífico, depois do sismo que matou mais de 34 mil pessoas na Turquia e Síria (29.695 na Turquia e mais de 4.300 na Síria, segundo a última contabilização). A casa ficava na baixa de Antáquia.

Em Antáquia encontram-se, desde o dia 8 de fevereiro, 52 operacionais da Proteção Civil, Guarda Nacional Republicana e emergência médica, incluindo seis cães, que trabalham 24 sobre 24 horas para apoiar os esforços de busca e salvamento.

O comandante da missão portuguesa na Turquia, José Guilherme, disse à Lusa que foi "uma emoção muito grande" conseguir resgatar uma criança, depois de vários dias sem sucesso.

"É uma emoção muito grande para nós. Isto é o corolário daquilo que estamos a fazer aqui, da entrega dos operacionais e vamos continuar o nosso trabalho, que é salvar vidas", disse José Guilherme.

A equipa foi alertada por populares que teriam ouvido algum som de um prédio que estava parcialmente destruído. As equipas cinotécnicas foram acionadas e os cães deram sinal de que haveria alguém com vida, por debaixo dos escombros.

"Depois, foi trabalho de equipa, perceber os sons que se ouviam, se seriam de alguém, fazer furação e chegar o mais perto possível da criança para se ter a confirmação de que estaria um ser humano vivo", explicou. "Acabou por acontecer um milagre, porque a esperança é a última a morrer e cá vamos continuar, à espera de salvarmos mais pessoas", frisou o comandante da missão portuguesa.

Com Lusa 

Artigos Relacionados

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.