Sábado – Pense por si

Número de palestinianos mortos na Faixa de Gaza sobe para 17

02 de abril de 2018 às 12:56
As mais lidas

Faris al-Raqib, de 29 anos, morreu vítima dos disparos que aconteceram durante os protestos na passada sexta-feira, na Faixa de Gaza.

Um palestiniano morreu após ter sido ferido na sexta-feira por tiros de soldados israelitas junto à fronteira, fazendo subir para 17 o número de palestinianos mortos naquelas manifestações fronteiriças, indicou esta segunda-feira o Ministério da Saúde em Gaza.

gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza
gaza

Faris al-Raqib, 29 anos, foi atingido no estômago quando participava no sul da faixa de Gaza numa marcha que reuniu dezenas de milhares de manifestantes palestinianos. A passada sexta-feira foi o dia mais mortífero no enclave palestiniano desde a guerra de 2014 com Israel. Além dos 17 mortos, mais de 1.400 palestinianos ficarem feridos, 757 com tiros de balas reais, segundo o Ministério da Saúde.

Faris al-Raqib era membro da Jihad Islâmica, mas, segundo este movimento radical, não estava armado quando foi ferido.

Cinco dos 17 manifestantes mortos eram membros do movimento radical Hamas, que participavam nas "manifestações populares ao lado do seu povo", anunciou o braço armado desta organização islâmica que dirige a faixa de Gaza.

O exército israelita afirmou, por seu turno, que dez dos palestinianos mortos tinham "passados terroristas" no seio do Hamas e de outros grupos como a Jihad Islâmica.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, e a alta-representante da diplomacia europeia, Federica Mogherini, exigiram um "inquérito independente" à utilização por Israel de balas reais, um pedido rapidamente rejeitado pelo Estado hebreu.

Os Estados Unidos bloquearam no sábado um projecto de declaração do Conselho de Segurança da ONU apelando a "todas as partes à contenção e a evitarem qualquer nova escalada", bem como a um inquérito sobre os confrontos.

Os palestinianos acusam os soldados israelitas de terem disparado sobre manifestantes que não representavam qualquer perigo imediato. Na sexta-feira, dezenas de milhares de palestinianos concentraram-se junto da barreira de segurança que separa Israel da faixa de Gaza no primeiro dia da "marcha do retorno".

O protesto, que deverá durar mais de seis semanas, visa exigir o "direito ao retorno" dos palestinianos, dos quais centenas de milhares foram expulsos das suas terras durante a guerra que se seguiu à criação de Israel, em 1948.

O fim do protesto está marcado para 15 de maio, o aniversário da criação de Israel, designado pelos palestinianos como ‘Nakba’ (catástrofe). Um dia antes deverá ser inaugurada a embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, um sinal do reconhecimento norte-americano desta cidade como a capital de Israel, visto pelos palestinianos como a negação da sua reivindicação à parte oriental de Jerusalém, ocupada e anexada pelos israelitas.

Bons costumes

Um Nobel de espinhos

Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.

Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.