Ex-presidente francês, de 70 anos, pode ser libertado esta segunda-feira.
Menos de um mês de ter dado entrada na prisão de La Santé, Nicolas Sarkozy pode ser libertado esta segunda-feira. O caso está esta manhã a ser analisado por um tribunal de Paris e o ex-presidente francês já teve a oportunidade de se pronunciar, através de videoconferência, onde relatou as algumas das agruras da vida na prisão.
Sarkozy pode ser libertado esta segunda-feiraFoto AP/Thibault Camus, Arquivo
"Quero que todos fiquem convencidos de uma coisa: nunca tive a ideia insana de pedir qualquer tipo de financiamento ao Sr. [Muammar] Gaddafi. Jamais confessarei algo que não fiz", declarou Sarcozy, citado pela BFMTV, aludindo depois às condições da detenção. "Respondi escrupulosamente a todas as intimações. Nunca imaginei aos 70 anos vivenciar a prisão. Essa provação foi-me imposta, já a vivi. É difícil, muito difícil..."
"Amo meu país, a minha família está em França, luto para que a verdade prevaleça", continuou, prestando depois "homenagem" aos funcionários da prisão "que demonstraram uma humanidade excecional e tornaram este pesadelo suportável".
Recorde-se que o Ministério Público solicita a libertação de Sarkozy sob supervisão judicial, com proibição de contacto com os outros arguidos e testemunhas. O advogado do ex-chefe de Estado também pediu o regime de liberdade condicional como alternativa à prisão. A decisão do tribunal deve ser conhecida ao início da tarde de hoje.
Sarkozy tornou-se em outubro o primeiro governante francês condenado a pena de prisão, por cinco anos, por alegadamente ter aceitado dinheiro da Líbia para financiar a sua campanha. Antes, já tinha sido condenado por corrupção, pena que cumpriu com pulseira eletrónica.
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Como é a prisão onde Nicolas Sarkozy vai cumprir pena
Nicolas Sarkozy e a vida na prisão: "É difícil, muito difícil..."
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