O Ministério Público terá prejudicado os interesses militares do país ao ordenar o envio de 'drones' para a Coreia do Norte.
O Ministério Público sul-coreano acusou esta segunda-feira o ex-presidente Yoon Suk-yeol de ajudar o inimigo, indicando que prejudicou os interesses militares do país ao ordenar o envio de 'drones' para a Coreia do Norte.
Yoon Suk-yeol é acusado de ajudar o inimigo, Coreia do Norte, durante mandatoSouth Korea Unification Ministry via AP
Os dois vizinhos estão tecnicamente ainda em guerra desde o conflito (1950-1953) que terminou com um armistício e não com um tratado de paz.
Em outubro de 2024, a Coreia do Norte afirmou ter provas de que o Sul tinha feito voar 'drones' sobre a capital, Pyongyang, para lançar panfletos de propaganda, uma acusação que não foi confirmada por Seul.
O Ministério Público sul-coreano abriu uma investigação em 2025 para determinar se se tratava de uma tentativa deliberada de Yoon de provocar o Norte, para depois usar a reação como casus belli, um ato que pode originar uma guerra.
De acordo com as investigações, o ex-líder conservador e outras pessoas "conspiraram para criar as condições que permitiriam a declaração da lei marcial de emergência, aumentando assim o risco de um confronto armado intercoreano e prejudicando os interesses militares públicos", explicou à imprensa Park Ji-young, assistente do procurador especial.
Yoon Suk-yeol é acusado de ter "favorecido o inimigo em geral", bem como de "abuso de poder", acrescentou.
Yoon, atualmente na prisão, foi destituído em abril, após uma sequência caótica desencadeada pela breve imposição da lei marcial em 03 de dezembro de 2024.
No discurso, nesse dia, Yoon invocou ameaças norte-coreanas para justificar a decisão.
Park explicou que provas irrefutáveis foram descobertas numa nota do ex-chefe da contraespionagem de Yoon Suk-yeol. O documento recomenda "criar uma situação instável ou aproveitar uma oportunidade que possa surgir".
Para isso, propõe que o exército vise locais "que os [o Norte] fariam perder prestígio, para que uma retaliação fosse inevitável, como Pyongyang" ou a grande cidade costeira de Wonsan.
Durante o mandato, Yoon Suk-yeol manteve uma linha dura em relação a Pyongyang e aproximou-se dos Estados Unidos, outro inimigo do Norte.
Em 03 de dezembro de 2024, enviou o exército para o parlamento para assumir o controlo, mas um número suficiente de deputados conseguiu reunir-se para votar o fim da lei marcial.
Yoon foi detido em janeiro, destituído em abril e substituído em junho pelo rival democrata Lee Jae-myung, que defende a pacificação com Pyongyang.
Yoon Suk-yeol ainda está a ser julgado por insurreição, também em relação ao golpe.
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