Desde a tomada do poder pelos talibãs que os direitos das mulheres têm sido cada vez mais restritos, estando proibidas de frequentar salas de aula, parques e ginásios.
As mulheres afegãs realizaram um protesto, esta quarta-feira, contra a decisão do governo talibã de encerrar cabeleireiros e salões de beleza femininos. O protesto decorreu na capital Cabul e participaram cerca de 50 mulheres.
REUTERS/Ali Khara
As manifestantes gritam "trabalho, pão e justiça" e a polícia talibã respondeu com canhões de água. Algumas referiram que também foram utilizadas armas de choque contra elas.
Os talibãs deram aos negócios um mês, a partir de 2 de julho, para encerrarem os milhares de cabeleireiros e salões de beleza em todo o país. Segundo estes, o uso de perucas e a prática de depilar as sobrancelhas são contra os valores islâmicos e que os pais estão a desperdiçar dinheiro nos salões, quando os casais se casam.
O encerramento de todos cabeleireiros e salões de beleza vai provocar a perda de 60 mil postos de trabalho, de acordo com a Câmara de Comércio do Afeganistão. Estes espaços continuaram abertos depois dos talibãs terem retomado o poder há dois anos, na sequência da retirada das forças norte-americanas, mas as montras das lojas foram frequentemente tapadas e as imagens de mulheres à porta dos salões foram pintadas de maneira a esconder os seus rostos. A última vez que os salões de beleza foram encerrados foi entre 1996 e 2001, durante o último regime talibã.
Após os talibãs regressarem ao poder em 2021, os direitos das mulheres tem sido cada vez mais restringidos. As restrições impostas incluem códigos de vestuário rigorosos e a proibição de viajarem sozinhas.
A decisão restringe ainda mais espaços acessíveis às afegãs, que já estão impedidas de frequentar as salas de aula, ginásios e parques. Mais recentemente, os talibãs proibiram-nas também de trabalhar para as Nações Unidas.
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