Qualquer "desvio" da proibição à educação superior feminina "será tratado de acordo com a lei", indicaram os talibãs, que governam o país segundo uma interpretação estrita da lei islâmica e aplicam regularmente punições corporais e até execuções em público.
Os talibãs proibiram este sábado as estudantes afegãs de se apresentarem a provas de acesso à universidade, um mês depois de ter sido vetada a educação superior feminina no Afeganistão.
REUTERS/Stringer
"Vale a pena mencionar que as estudantes mulheres não podem matricular-se até nova ordem", indicou o Ministério da Educação Superior do Governo interino dos talibãs, numa carta dirigida às universidades privadas e aos institutos de educação superior, um texto a que a EFE teve acesso.
Qualquer "desvio" da proibição à educação superior feminina "será tratado de acordo com a lei", indicaram os talibãs, que governam o país segundo uma interpretação estrita da lei islâmica e aplicam regularmente punições corporais e até execuções em público.
Esta clarificação surge depois de em dezembro ter sido imposta a proibição das mulheres nas universidades, que era permitida, uma medida que se juntou à proibição das alunas de acederem ao ensino secundário desde que os talibãs chegaram ao poder em agosto de 2021.
No mês passado, as mulheres também foram proibidas de trabalhar em organizações não-governamentais (ONG), com o pretexto de que muitas funcionárias não cobriam a cabeça.
A decisão recebeu a condenação da comunidade internacional e levou a que várias ONG suspendessem os seus programas no Afeganistão.
Apesar das promessas de mudança que fizeram quando assumiram o poder, as medidas adotadas pelos talibãs contra as afegãs recordam cada vez mais a época do primeiro regime talibã (1996-2001), quando as mulheres foram relegadas para tarefas domésticas, sem possibilidade de sair de casa.
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