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Moscovo admite "nova Guerra Fria" nas relações entre Rússia e Ocidente

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, afirmou hoje em Munique, numa conferência sobre segurança que "Podemos dizer as coisas claramente: deslizámos para um período de uma nova Guerra Fria"

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, afirmou este sábado que as relações entre a Rússia e o Ocidente entraram numa "nova Guerra Fria".

"Podemos dizer as coisas claramente: deslizámos para um período de uma nova Guerra Fria", declarou Medvedev numa conferência sobre segurança a decorrer na cidade alemã de Munique.

No contexto das tensões provocadas pelo conflito na Ucrânia e do apoio de Moscovo ao regime sírio, Dmitri Medvedev disse que "o que resta é uma política de inimizade da NATO [sigla em inglês da Organização do Tratado do Atlântico Norte] em relação à Rússia".

"Quase todos os dias, somos acusados de fazer novas ameaças terríveis contra a NATO como um todo, contra a Europa ou contra os Estados Unidos ou outros países", disse.

Medvedev criticou também o alargamento da NATO e da influência da União Europeia a países europeus que integraram a antiga União Soviética desde o fim da Guerra Fria.

A Guerra Fria correspondeu a um período de tensão política e militar entre os blocos liderados pelos Estados Unidos e pela União Soviética, entre o fim da II Guerra Mundial e a queda do muro de Berlim, em 1989.

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