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Moldova atenta à Rússia. Moscovo nega planos de instigar queda de governo

Segundo a presidente moldova, o plano russo inclui a entrada no país de cidadãos vindo da Rússia, Montenegro, Bielorrússia e Sérvia com o objetivo de iniciarem protestos para "alterar o governo legítimo para um governo ilegal controlado pela Federação Russa".

A Rússia rejeitou esta terça-feira as acusações da presidente da Moldova sobre Moscovo estar a tentar destabilizar a ex-república soviética.

YOAN VALAT/Pool via REUTERS

Na segunda-feira, 13, a presidente Maia Sandu fez uma declaração pública em que acusou as autoridades russas de estarem a planear utilizar agentes estrangeiros para derrubar a liderança do país, impedindo-o de ingressar na União Europeia e usando-o como arma política durante a guerra na Ucrânia.

Segundo Maia Sandu, o plano inclui a entrada no país de cidadãos vindos da Rússia, Montenegro, Bielorrússia e Sérvia com o objetivo de iniciarem protestos para "alterar o governo legítimo para um governo ilegal controlado pela Federação Russa".

Numa conferência de imprensa, a presidente garantiu: "As tentativas do Kremlin de trazer violência para a Moldova não funcionarão. O nosso objetivo principal é a segurança dos cidadãos e do Estado. O nosso objetivo são a paz e a ordem pública no país."

Como resposta, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo emitiu um comunicado em que garante que "tais alegações são completamente infundadas".

A Rússia acusou a Ucrânia de ser culpada por aumentar a tensão entre a Rússia e a Moldova, afirmando que Kiev pretendia empurrar a Moldova para "um confronto difícil com a Rússia".

Todas estas declarações chegam uma semana depois de o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter garantido que os seus serviços secretos descobriram um plano da Rússia "para a destruição da Moldova".

Poucos dias depois a primeira-ministra da Moldova, Natalia Gavrilita, apresentou a sua demissão. Já a presidente da ex-república soviética, que faz fronteira com a Ucrânia, tem expressado as suas preocupações relativamente às intenções russas.

Desde 2022 que as tropas russas se têm posicionado na região separatista pró-russa daTransnístria, no entanto, a Rússia tem vindo a negar quaisquer intenções de intervir na Moldova.

O porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou na segunda-feira que os relatos de conspiração contra a Moldova não tinham sido confirmados de forma independente, mas que os considerava "profundamente preocupantes".

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