Maia Sandu e os seus apoiantes têm alertado para a existência de uma forte campanha de desinformação e compra de votos patrocinada pela Rússia e os seus apoiantes no país.
No domingo os moldavos dirigem-se às urnas para votar nas eleições presidenciais e num referendo sobre a União Europeia numa altura em que a guerra entre a Rússia e o Ocidente podem marcar o futuro do país que pertenceu à URSS.
REUTERS/Vladislav Culiomza/File Photo
A atual presidente Maia Sandu procura uma reeleição que consiga aproximar o país ainda mais ao bloco ocidental, para isso conta também com o referendo que pretende afirmar a adesão à União Europeia como uma meta "irreversível" na constituição.
Desde a dissolução da União Soviética, em 1991, que a liderança da Moldova tem oscilado entre o bloco pró-russo e o pró-Ocidente, mas foi durante o último mandato presidencial, marcado pela guerra na Ucrânia, que o país acelerou os seus esforços para sair completamente da órbita de Moscovo.
As últimas sondagens afirmam que Maia Sandu conseguirá vencer as presidenciais em apenas uma volta e que 65% da população apoiam o "sim" no referendo sobre a adesão à União Europeia.
No entanto o candidato com maior probabilidade de levar Sandu a uma segunda volta é Alexandr Stoianoglo, um ex-procurador-geral conhecido por defender políticas que aproximem o país da Rússia e que foi demitido pela atual presidente. Tem pedido que as pessoas boicotem o referendo ou que deixem claro o seu "não" e atualmente aparece com 10% das intenções de votos. Stoianoglo ainda não criticou o Kremlin pela invasão à Ucrânia.
Maia Sandu e os seus apoiantes têm alertado para a existência de uma forte campanha de desinformação e compra de votos patrocinada pela Rússia e os seus apoiantes no país. O empresário pró-Rússia Ilan Shor é considerado o líder desta companha, especialmente porque se considera um opositor ferrenho da adesão à união.
Olga Rosca, conselheira de política externa de Sandu, acusou a Rússia de estar a "despejar milhões em dinheiro sujo para sequestrar os nossos processos democráticos" e considerou esses processos como "intromissão" "alarmante", mas também uma "interferência total" na política interna do país.
No início deste mê, o chefe da polícia nacional, Viorel Cernau?anu, acusou Moscovo e Ilan Shor de estabelecer um esquema de compra de votos, "ao estilo da máfia", e de subornar 130 mil moldavo para votarem contra o referendo e a favor de candidatos amigos da Rússia, naquilo que considerou como um "ataque direto e sem precedentes".
Viorel Cernau?anu declarou ainda que os seus oficiais detiveram cerca de trezentas pessoas que terão ido à Rússia para receber treinamento sobre como romper cordões policiais e criar caos público, alguns receberam também treinamento militar para a utilização de drones e explosivos.
Numa tentativa de limitar a influência russa as autoridades bloquearam dezenas de canais de Telegram.
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