A mulher de Donald Trump assume que defende o direito das mulheres a controlarem o seu corpo, ao contrário do que defende o marido na campanha presidencial.
Melania Trump defendeu esta quinta-feira o direito ao apoio, num evento que antecede o lançamento do seu próximo livro de memórias. A posição da antiga primeira-dama dos Estados Unidos contrasta com a posição defendida pelo seu marido e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump.
REUTERS/Marco Bello
Num vídeo publicado na sua conta na rede social X (antigo Twitter), a ex-primeira-dama defendeu as "liberdades individuais" das mulheres para fazerem o que desejarem com o seu corpo. "A liberdade individual é um princípio fundamental que protejo. Sem dúvida, não há espaço para compromissos quando se trata deste direito essencial que todas as mulheres possuem desde o nascimento: a liberdade individual. O que significa realmente 'o meu corpo, a minha escolha'?", questionou Melania.
A reversão da decisão Roe v. Wade, que levou a que o aborto fosse banido em vários estados surgiu na sequência de o Supremo Tribunal americano passar a ser ocnstituído por uma maioria de juízes conservadores, o que aconteceu enquanto Donald Trump estava no poder. Na atual campanha presidencial, Trump tem defendido a proibição do aborto, enquanto a sua adversária, Kamala Harris, tem defendido que o dirieto ao aborto dese ser alargado.
Melania Trump raramente tem expressado publicamente as suas opiniões políticas e tem estado praticamente ausente da campanha.
Mas no seu livro de memórias, que deverá ser divulgado publicamente na próxima terça-feira, defende que a decisão de interromper a gravidez deve ser deixada a uma mulher e ao seu médico, "livre de qualquer intervenção ou pressão do Governo", de acordo com os excertos publicados.
"O direito fundamental da mulher à liberdade individual, à sua própria vida, concede-lhe autoridade para interromper a gravidez, se assim o desejar", escreveu Melania, de acordo com o The Guardian.
Estas opiniões contrastam fortemente com a plataforma antiaborto do Partido Republicano e com Donald Trump, que tem assumido repetidamente a responsabilidade por ter nomeado os três juízes do Supremo Tribunal que ajudaram a anular o caso Roe v. Wade e vangloriou-se de devolver a questão do aborto aos estados.
Os democratas culpam o antigo presidente pela grave deterioração dos direitos reprodutivos, uma vez que as proibições do aborto foram implementadas em grandes áreas do país, após a anulação do caso histórico, que concedia o direito constitucional ao aborto.
O grupo nacional SBA Pro-Life America criticou as opiniões da ex-primeira-dama sobre o aborto, incluindo as suas posições sobre o aborto mais tarde na gravidez, mas realçou que a sua "prioridade é derrotar [a candidata democrata] Kamala Harris".
Donald Trump garantiu na terça-feira que vetaria a proibição federal do aborto, a primeira vez de forma explicita, depois de se ter recusado anteriormente a responder a perguntas sobre o assunto.
No entanto, os defensores dos direitos ao aborto estão céticos, alertando que não se pode confiar em Trump para não restringir os direitos reprodutivos.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.