Sábado – Pense por si

Médio Oriente: Israel promete continuar a atacar Beirute se Líbano não desarmar Hezbollah

De acordo com Israel, as "atividades" do Hezbollah nos locais atacados "constituem uma violação flagrante" dos termos do acordo de cessar-fogo.

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, disse esta sexta-feira que o exército continuará a atacar Beirute se o Líbano não desarmar o Hezbollah, após uma série de ataques contra o movimento libanês pró-iraniano nos subúrbios da capital libanesa.

"Não haverá calma em Beirute, nem ordem ou estabilidade no Líbano, sem segurança para o Estado de Israel. Os acordos devem ser respeitados e, se não fizerem o que for necessário, continuaremos a agir, e com grande força", disse Katz, em comunicado.

O exército israelita comunicou esta sexta-feira que os seus ataques de quinta-feira à noite no sul de Beirute tiveram como alvo instalações industriais e de armazenamento de ‘drones’ pertencentes ao grupo xiita Hezbollah.

"Apesar dos acordos entre Israel e o Líbano, a unidade aérea do Hezbollah continua envolvida em atividades terroristas e a expandir as suas capacidades", disseram as forças israelitas, em comunicado.

De acordo com o exército, o grupo procura produzir milhares de veículos aéreos não tripulados "sob a direção e financiamento de terroristas iranianos, como parte dos esforços do Irão para prejudicar Israel".

Cerca de uma dúzia de bombardeamentos atingiram na quinta-feira diferentes locais nos arredores de Dahye, num cenário não visto desde o fim da guerra no final de novembro.

Esta foi considerada a pior onda de bombardeamentos desde que o cessar-fogo entre as partes entrou em vigor há mais de seis meses, coincidindo com os preparativos para o importante feriado muçulmano de Eid al-Adha, ou Festa do Sacrifício.

De acordo com Israel, as "atividades" do Hezbollah nos locais atacados "constituem uma violação flagrante" dos termos do acordo de cessar-fogo.

Apesar do cessar-fogo acordado entre as partes no final de novembro, Israel continuou a bombardear o Líbano regularmente, concentrando-se principalmente na região sul do país, mas também atingindo o leste e os subúrbios de Beirute ocasionalmente.

Hassan Ammar/ AP
Artigos Relacionados
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.