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Médio Oriente: EUA querem evitar “conflito mais alargado”

Lusa 11 de outubro de 2024 às 09:00
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Washington também comunicou ao seu aliado israelita as suas "preocupações reais" sobre a falta de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza.

O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, disse hoje que os Estados Unidos apoiam os esforços do Líbano para se afirmar face ao Hezbollah, que está em guerra com Israel, e evitar um "conflito mais vasto" no Médio Oriente.

"É evidente que o povo libanês tem um interesse, um forte interesse, em que o seu Estado se afirme e assuma a responsabilidade pelo país e pelo seu futuro", declarou Blinken aos jornalistas, durante a cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), no Laos.

"Continuamos muito empenhados em evitar um conflito mais alargado na região", insistiu o diplomata.

E acrescentou: "Todos nós temos interesse em tentar criar um ambiente em que as pessoas possam regressar a casa, em segurança, e em que as crianças possam voltar à escola (...). Portanto, Israel tem um interesse claro e muito legítimo em fazer isso. O povo libanês quer a mesma coisa. Acreditamos que a melhor maneira de o conseguir é chegar a um acordo diplomático, um acordo no qual temos vindo a trabalhar há algum tempo e no qual estamos atualmente concentrados".

O secretário de Estado norte-americano disse ainda que os EUA estão a trabalhar arduamente para garantir que a diplomacia prevaleça em todas as outras frentes, incluindo o impasse israelo-iraniano.

"Estamos a trabalhar arduamente todos os dias para evitar a escalada do conflito no Líbano, em Israel, no Irão, com os Huthis [no Iémen] e em todos os atores envolvidos", disse o chefe da diplomacia norte-americana.

"Infelizmente, o Eixo da Resistência liderado pelo Irão está a tentar criar mais frentes noutros locais, mas estamos a trabalhar arduamente na dissuasão e na diplomacia", acrescentou.

Washington também comunicou ao seu aliado israelita as suas "preocupações reais" sobre a falta de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza, acrescentou Blinken.

REUTERS/B. Rentsendorj
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