Sábado – Pense por si

Putin adverte que a formação de uma nova ordem mundial é natural e irreversível

Putin vai reunir-se hoje com o seu homólogo iraniano, Massud Pezeshkian, com quem vai discutir o estado das relações bilaterais e a grave situação no Médio Oriente, segundo a Presidência russa.

O Presidente da Rússia disse esta sexta-feira, 11, que as relações internacionais entraram num momento de mudanças fundamentais, sublinhando que a formação de uma nova ordem mundial que reflita toda a diversidade é "uma evolução natural e irreversível".

"A Rússia defende o debate internacional mais amplo possível sob os parâmetros de interação no mundo multipolar emergente e está aberta a discutir questões relacionadas com a construção de uma nova ordem mundial", afirmou Vladimir Putin, num fórum internacional em Ashkhabad, capital do Turcomenistão.

No seu discurso, transmitido em direto pela televisão estatal russa, o responsável do Kremlin sublinhou que "o mundo enfrenta ameaças sem precedentes geradas por fraturas de civilizações e conflitos interétnicos e inter-religiosos" e "as relações internacionais entraram numa era de mudanças globais e fundamentais".

Neste contexto, acrescentou Putin, está a ser construída uma "nova ordem mundial, que reflete toda a diversidade do planeta, num processo natural e irreversível".

O fórum internacional "A ligação de tempos e civilizações é a base da paz e do desenvolvimento", realizado em Ashkhabad, é dedicado ao 300.º aniversário do nascimento do poeta e pensador do Turcomenistão Magtymguly Pyragy.

À margem do fórum, Putin vai reunir-se hoje com o seu homólogo iraniano, Massud Pezeshkian, com quem vai discutir o estado das relações bilaterais e a grave situação no Médio Oriente, segundo a Presidência russa.

Moscovo e Teerão condenaram tanto os ataques israelitas contra a Faixa de Gaza como os bombardeamentos contra território libanês e sírio, enquanto o Kremlin se absteve de criticar o lançamento de mísseis iranianos contra Israel.

Sputnik/Alexander Kazakov/Pool via REUTERS
Artigos Relacionados
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.