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Israel: De costas viradas para o horror

Alfredo Leite, em Israel 09 de outubro de 2024 às 23:00

Nas zonas que sofreram o ataque de 7 de outubro há um ano, é mais difícil acreditar numa solução pacífica para o conflito, enquanto alguns espreitam Gaza de um miradouro em Sderot.

Quando o dia 7 de outubro do ano passado nasceu, Mishel Koren ainda dançava na floresta de árvores empoeiradas pelo deserto do Negueve, junto ao Re’im, a dois quilómetros de distância da cerca metálica que separa Israel da Faixa de Gaza. No início, ninguém percebeu muito bem de onde vinham aqueles ruídos que, ora pareciam explosões, ora rajadas de metralhadora. Tantas horas de folia, misturadas com níveis elevados de decibéis, transformavam o Supernova, festival de música eletrónica, numa espécie de alucinação coletiva que terminou da pior forma: “Quando viemos para o abrigo sentamo-nos no chão. Depois, todas as pessoas que estavam de pé caíram sobre nós. Por isso ficamos cobertos de corpos, mas foram os corpos que nos salvaram.” Mishel Koren confessa que ainda se arrepia quando recorda, como fez à SÁBADO, os momentos de caos e horror de uma fuga que não sabiam de quem, nem porquê.

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