Steve Witkoff assegurou a libertação do professor norte-americano detido desde 2021. Não é claro o que os EUA ofereceram a Moscovo.
A Rússia libertou o professor norte-americano Marc Fogel, que se encontrava detido desde agosto de 2021. A libertação foi assegurada por Steve Witkoff, enviado especial da Casa Branca e amigo pessoal do presidente Donald Trump. Fogel, de 63 anos, voltará aos EUA dentro do jacto privado do magnata do imobiliário, que foi escolhido por Trump para a tarefa.
Adam Boehler/Handout via REUTERS
De acordo com a agência noticiosa Reuters, Marc Fogel foi condenado a 14 anos de prisão por tráfico de droga após ter sido detido no aeroporto de Sheremetyevo, em Moscovo, na posse de 17 gramas de marijuana, que usa para fins médicos. "Estamos para além de agradecidos, aliviados, e assoberbados com que após mais de três anos de detenção, o nosso pai, marido e filho, Marc Fogel, esteja finalmente a voltar a casa", afirmou a família Fogel num comunicado.
"O presidente Trump, Steve Witkoff e os conselheiros do presidente negociaram uma troca que serve como prova de boa fé por parte dos russos e um sinal de que estamos a ir na direção certa para acabar com a guerra terrível e brutal na Ucrânia", confirmou ainda Mike Waltz, conselheiro de segurança nacional da Casa Branca. Contudo, não indicou o que é que os EUA ofereceram pela libertação de Marc Fogel, também divulgada pelo seu advogado russo, Dmitry Ovsyannikov.
Nesta viagem de retorno, Fogel poderá parar em Washington, a caminho da Pensilvânia. O professor tinha ficado fora da troca de prisioneiros em agosto de 2024 que incluiu o repórter do Wall Street Journal, Evan Gershkovich.
Donald Trump revelou recentemente que tinha falado com Vladimir Putin, com quem quer negociar o fim da guerra na Ucrânia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já mostrou disponibilidade para uma troca de territórios com a Rússia no âmbito das negociações.
REUTERS/Carlos Barria
Quem é Steve Witkoff?
Amigo de Trump e magnata do imobiliário, Steve Witkoff, de 67 anos, também integrou as negociações do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. É ainda parceiro de golfe do presidente dos EUA, que conhece desde os anos 80. Foi ele, também judeu, quem interrompeu o dia de descanso semanal, ou shabat, de Netanyahu para finalizar o acordo de cessar-fogo, apesar de os assessores do primeiro-ministro israelita o terem tentado convencer do contrário: Steve Witkoff terá dito que não queria saber que dia era.
O enviado especial teve ainda que defender a ideia de Donald Trump para a Faixa de Gaza, que gerou críticas devido à proposta de deslocação forçada de milhões de palestinianos. "Quando o presidente fala sobre limpar [a Faixa de Gaza], é sobre torná-la habitável, e este é um plano de longo alcance", afirmou. "Uma vida melhor não está necessariamente ligada ao espaço físico onde se está atualmente", voltou a reforçar no mesmo dia, em entrevista à Fox News.
Steve Witkoff fez fortuna no imobiliário após ter começado como advogado de empresas. Em 1997, fundou o Grupo Witkoff. Tem vários filhos, tendo perdido um em 2011. O filho tinha 22 anos e morreu com uma overdose de OxyContin, um analgésico opioide extremamente viciante que gerou uma crise de saúde pública nos EUA.
O magnata seguiu para Moscovo no seu jacto privado, tentando manter as negociações para libertar Marc Fogel em secretismo. Contudo, foi apanhado por sites que acompanham os voos destes jactos.
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