Sábado – Pense por si

Mais de mil pessoas abandonaram Ghouta oriental nas últimas horas

Mais de mil combatentes e civis abandonaram a povoação de Duma, em Goutha Oriental, no quadro do acordo entre o governo de Damasco e uma facção islamita.

Mais de mil combatentes e civis abandonaram nas últimas horas a povoação de Duma, em Goutha Oriental, no quadro do acordo entre o governo de Damasco e uma facção islamita, referem fontes militares sírias.

A fonte militar citada pela agência governamental estatal síria SANA indicou que 1.145 combatentes do grupo Legião da Misericórdia acompanhados de familiares abandonaram Duma durante a noite.

A operação de retirada utilizou 24 autocarros que fazem a ligação entre Duma e Idleb no norte da Síria. A província de Idleb está quase totalmente controlada pela Organização para a Libertação do Levante, a aliança que incluiu membros da ex-filial síria da Al Qaeda.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos refere que tem indicação de que o número de pessoas que abandonaram Duma na última noite é superior a 1.300 acrescentando que os combatentes pertencem à União Islâmica, uma facção ligada ao grupo Legião da Misericórdia.

Segundo a organização não-governamental com sede em Londres esta retirada foi resultado de um acordo parcial entre as autoridades e o grupo União Islâmica.

Não se sabe ainda quando vai começar a próxima — e provavelmente a última — operação de retirada dos restantes membros do mesmo organismo sendo que a saída de Duma, na prática, pressupõe rendição às forças de Damasco.

O observatório indicou no domingo que foi alcançado um acordo entre a Rússia e o Exército do Islão para a saída de combatentes de Duma, último reduto de islamitas de Ghouta oriental. A ofensiva militar de Damasco, apoiada por forças de Moscovo, levou à reconquista de quase toda a região de Ghouta Oriental, nos arredores da capital.

A lagartixa e o jacaré

Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.