NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Novidades com vantagens exclusivas: descontos e ofertas em produtos e serviços; divulgação de conteúdos exclusivos e comunicação de novas funcionalidades. (Enviada mensalmente)
NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Novidades com vantagens exclusivas: descontos e ofertas em produtos e serviços; divulgação de conteúdos exclusivos e comunicação de novas funcionalidades. (Enviada mensalmente)
Abril foi o mês que registou mais mortes, com 1.284, seguido dos meses de maio (1.103) e fevereiro (1.093).
Um total de 10.457 pessoas morreram este ano na tentativa de chegar à costa espanhola, numa média de quase 30 por dia e num aumento de 58% em relação ao ano passado, segundo o balanço da organização Caminando Fronteras.
Este é um número recorde desde que esta organização não governamental (ONG) começou a investigar os desaparecimentos de migrantes no mar a caminho de Espanha.
Segundo a organização, o número reflete um "notável aumento de mortes nos últimos dois anos", já que em 2023 os 6.618 óbitos foram quase o triplo das mortes registadas no ano anterior.
Relativamente a 2024, a Caminando Fronteras destaca que, do total de pessoas que perderam a vida, 421 eram mulheres e 1.538 crianças ou adolescentes. A rota atlântica para as ilhas Canárias "continua a ser a mais letal a nível mundial", com 9.757 vítimas, ou seja, 93% do total.
As restantes mortes ocorreram na rota da Argélia (517), no Estreito (110) e na rota de Alborán (72).
O relatório "Monitorização do Direito à Vida 2024", que recolheu informação até 15 de dezembro e detalhou 293 tragédias ocorridas nas diferentes rotas migratórias, refere ainda que 131 barcos desapareceram sem deixar rasto, com todos os imigrantes que tinham a bordo.
Destaca-se o "aumento assinalável" este ano das saídas da Mauritânia, país que "se consolidou como o principal ponto de passagem migratória" para as Canárias. Nesta rota registaram-se 6.829 mortes.
Além disso, a rota da Argélia para as ilhas Baleares é também considerada uma das "mais perigosas" pela sua extensão e pela dificuldade da viagem, como também é o caso da rota do Atlântico, que termina na ilha canária de El Ferro.
Abril foi o mês que registou mais mortes, com 1.284, seguido dos meses de maio (1.103) e fevereiro (1.093).
As 10.457 mortes contabilizadas pela Caminando Fronteras referem-se a cidadãos de 28 nacionalidades diferentes.
A ONG analisa ainda as causas do aumento dos naufrágios, apontando a omissão do dever de prestar auxílio. Neste sentido, garante que "a falta de ativação atempada dos protocolos de resgate e a escassez de recursos nas operações de resgate têm aumentado as mortes".
O controlo da imigração, sublinha, tem tido prioridade sobre o direito à vida, uma vez que as políticas nesta área se centram em impedir a chegada de migrantes, "mesmo à custa de vidas humanas".
Outra das causas apontadas pela organização é a "externalização das fronteiras": "A responsabilidade pelo resgate é transferida para países com recursos limitados, piorando a capacidade de resposta nestas emergências", indica no relatório.
Muitos resgates, acrescenta, "não foram acionados a tempo", mesmo quando a localização das embarcações em risco era conhecida.
"A falta de coordenação internacional e os atrasos na ajuda foram fatores determinantes para estes números devastadores", sublinha.
A Caminando Fronteras acredita ainda que a "criminalização e estigmatização" das organizações sociais e familiares que alertam para as pessoas em risco afeta a eficácia das operações de resgate.
Perante a situação traçada, Helena Maleno, coordenadora da investigação, alerta para a "profunda falha" dos sistemas de salvamento e proteção e apela a que "se dê prioridade à proteção do direito à vida, que se reforcem as operações de busca e salvamento e que seja garantida justiça às vítimas e às suas famílias".
O relatório destaca a presença de mulheres nas rotas migratórias, com maior percentagem nas travessias do Atlântico, especialmente nas rotas entre Agadir e Dakhla (Marrocos).
Estas mulheres, maioritariamente em trânsito, "enfrentam violência, discriminação, racismo, deportações e violência sexual", refere o documento, que especifica que muitas viajam com crianças nascidas durante a viagem e sobrevivem em condições extremas através da mendicidade, da prostituição e de empregos precários, o que as torna mais vulneráveis ao recrutamento por redes de tráfico.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.