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Lula critica gastos com armamento num mundo com 760 milhões a passar fome

Lusa 18:32
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Lula da Silva, que será o anfitrião da COP30, criticou ainda o facto de muitos chefes de Estado não terem “noção de quanto gás de efeito estufa uma bomba solta no planeta”.

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, voltou esta quarta-feira a criticar os gastos com armamento num mundo em que 760 milhões de possam passam fome diariamente.

Lula critica o investimento em armas quando há milhões a passar fome
Lula critica o investimento em armas quando há milhões a passar fome AP Photo/Eraldo Peres, File

“Só para vocês terem uma noção, o ano passado foi investido 2,7 biliões de dólares (2,33 biliões de euros) em armas, e você tem 760 milhões de pessoas que vão dormir toda a noite sem ter o que comer”, disse o chefe de Estado brasileiro, durante a Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, no estado do Goiás.

Lula da Silva, que será o anfitrião da COP30, a realizar-se em novembro na cidade amazónica de Belém, criticou ainda o facto de muitos chefes de Estado não terem “noção de quanto gás de efeito estufa uma bomba solta no planeta”.

“É esse mundo que nós temos que mudar”, sublinhou.

Lula da Silva exaltou ainda o trabalho que o país tem feito na questão do clima e do combate às alterações climáticas.

“Não tem ninguém fazendo mais do que nós com a dedicação que nós estamos fazendo”, disse.

Durante o evento, Lula da Silva recebeu uma carta dos jovens com as suas exigências ambientais e antecipou que pretende entregar uma cópia a cada um dos líderes estrangeiros que viajar até Belém para participar na COP30.

O Governo brasileiro comprometeu-se a acabar com a desflorestação ilegal até 2030 e a reduzir as emissões líquidas de gases com efeito de estufa no Brasil entre 59% e 67% até 2035, em comparação com os níveis de 2005.

Na COP30, o Brasil também lançará o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), um novo mecanismo de conservação para as florestas tropicais do planeta.

O objetivo desta iniciativa é reunir investimento público e privado e direcionar recursos diretamente para quem conserva as florestas, como os povos indígenas.

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