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O presidente de Timor-Leste defendeu conversações de paz para resolver situação em Gaza e na Ucrânia e apelou a líderes mundiais que não ignorassem sinais de conflito nos seus países.
José Ramos-Horta, presidente de Timor-Leste e prémio Nobel da Paz de 1996, afirmou esta quinta-feira, na Conferência do Estoril, que "a China não representa uma ameaça à segurança de ninguém no mundo". O líder timorense lembrou ainda o percurso de paz feito pelo seu país desde a independência.
ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
Defendendo um caminho de paz para a Rússia e para a Ucrânia, José Ramos-Horta lembra que um conflito no Médio Oriente ou na Europa afeta, neste momento, todo o mundo. "Quando a guerra na Ucrânia começou, 25 quilos de arroz custavam 11 dólares, em Timor. De um dia para o outro passaram a custar 20 dólares. Está tudo ligado e as periferias sofrem sempre com estes conflitos."
Questionado sobre a relação institucional de Timor-Leste com a China, José Ramos-Horta defendeu que Pequim não representa uma "ameaça para a segurança mundial" e que é sim uma rival económica para os Estados Unidos e outras potências mundiais.
Ramos-Horta referiu que muitas vezes os líderes mundiais falam de prevenção de conflito, mas "isso não impede situações como a da Ucrânia ou de Gaza", afirmando o presidente timorense que "a prevenção de conflito tornou-se quase um cliché porque os líderes mundiais continuam a ignorar as condições mais tensas e subestimam as suas próprias capacidades".
Lembrando os últimos 25 anos de caminho para a paz em Timor, o presidente elogiou os antigos ocupantes indonésios, referindo que "são hoje uma democracia vibrante" e que os dois países mantém uma relação bastante positiva, depois de terem passado por "décadas de conflito". E a chave para este sucesso? "Uma liderança forte, com uma autoridade moral inabalável, fruto de um caminho e de uma história exemplar", referiu, dando o exemplo de Xanana Gusmão, atual primeiro-ministro timorense, e de Nelson Mandela. "A autoridade de um líder vem da sua história e do seu caminho, da consistência das suas posições morais."
A visita de Ramos-Horta vai terminar com a entrega do Prémio Literário Guerra Junqueiro atribuído ao presidente timorense em 2023, numa cerimónia, que vai decorrer no sábado, no Porto.
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