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João Cravinho em Kiev para participar em reunião inédita da UE

O ministro dos Negócios Estrangeiros português elenca: "Vamos ter mais apoio financeiro, mais apoio militar e reforço de sanções". Pela primeira vez ministros dos Negócios Estrangeiros da UE encontram-se fora da União.

O ministro João Cravinho está esta segunda-feira em Kiev, para participar na reunião inédita dos responsáveis pelos negócios estrangeiros dos países da União Europeia, dado que a Ucrânia não faz do bloco comunitário.

Twitter/João Cravinho

Numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter), o ministro João Cravinho anuncia que a reunião pretende demonstrar "total solidariedade com a luta do povo ucraniano pela sua soberania e integridade territorial".

O ministro dos Negócios Estrangeiros português elenca: "Vamos ter mais apoio financeiro, mais apoio militar e reforço de sanções".

Noutra mensagem, adianta que já participou numa homenagem aos que morreram na sequência da guerra.

"O primeiro momento foi a homenagem a todos aqueles que perderam a vida, defendendo o seu país contra a bárbara invasão russa. O seu sacrifício ficará para sempre nas nossas memórias", escreve o ministro na rede social.

João Cravinho participa hoje nos trabalhos do Conselho de Negócios Estrangeiros informal em Kiev, "uma forma de demonstrar todo o apoio da UE à Ucrânia, país em guerra desde a invasão da Rússia em fevereiro do ano passado".

O representante da política externa da UE, Josep Borrell, anunciou o encontro de hoje numa mensagem difundida pela rede social X.

"Convoco hoje em Kiev os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, a primeira reunião dos 27 Estados membros a realizar-se fora da União Europeia", escreveu o representante da política externa da UE.

Um embaixador europeu, não identificado, disse à agência de notícias espanhola EFE que a realização do encontro em Kiev é uma demonstração de apoio à Ucrânia e ao processo de reformas com vista à adesão à União Europeia.

A reunião procura reforçar o apoio da Europa à Ucrânia num momento de divergências manifestadas por alguns Estados membros do bloco europeu devido à exportação de cereais ucranianos, especialmente a Polónia.

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