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Israel quer enfrentar Irão: "Melhor agora do que mais tarde"

Netanyahu avisou que Israel está preparado para lutar. "Nós não queremos uma escalada [na situação], mas estamos prontos para qualquer cenário", disse.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que o Irão está a fornecer armas avançadas para a Síria, o que representa um perigo para Israel, sendo preferível enfrentar Teerão "agora do que mais tarde".

Benjamin Netanyahu
Benjamin Netanyahu

Netanyahu avisou, durante uma reunião de gabinete este domingo, que estão "determinados a bloquear a agressão do Irão" contra Israel. "(…) Mesmo que isso signifique lutar. Melhor agora do que mais tarde", declarou o primeiro-ministro. "Nós não queremos uma escalada [na situação], mas estamos prontos para qualquer cenário", acrescentou.

O Irão é um importante aliado do presidente sírio, Bashar al-Assad, e forneceu ajuda militar crucial para as suas forças. Por outro lado, o Irão é um dos maiores "inimigos" de Israel. O governo de Netanyahu tem alertado repetidamente que não tolerará uma presença militar iraniana permanente na vizinha Síria.

Antes destas declarações, o Irão advertiu que os EUA vão arrepender-se "como nunca" se decidirem deixar o acordo internacional nuclear iraniano, como uma ameaça ao presidente norte-americano, Donald Trump.

O acordo nuclear com o Irão foi concluído em Viena entre Teerão e o Grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e Alemanha), antes da chegada à Casa Branca de Donald Trump. O acordo regula as atividades nucleares de Teerão, de modo a garantir sua natureza exclusivamente pacífica. Trump deu aos europeus até 12 de Maio para encontrar um novo texto para remediar as "falhas terríveis" do acordo e caso isso não aconteça ameaça retirar-se.

"Hoje, todas as tendências políticas sejam de direita, esquerda, conservadores, reformistas e moderados, estão unidas (…). Trump deve saber que o nosso povo está unido, o regime sionista [Israel] deve saber que o nosso povo está unido", disse Rohani.

Esforço diplomático britânico

O chefe da diplomacia britânica, Boris Johnson, viajou este domingo para os Estados Unidos da América como parte de um esforço diplomático destinado a convencer Trump a não abandonar o acordo.

Fontes oficiais britânicas, citadas pela agência Efe, referem que o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros estará dois dias em Washington, onde se vai reunir com o vice-presidente norte-americano, Mike Pence, e o conselheiro para a Segurança Nacional, John Bolton.

Além da questão do Irão, espera-se que Boris Johnson aborde, também a crise na Síria e matérias relacionadas com a Coreia do Norte, antes do aguardado encontro entre Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong-un.

"Em tantos desafios de política externa mundial o Reino Unido e os Estados Unidos estão Unidos", disse o ministro britânico por ocasião da sua deslocação a Washington, exemplificando com a resposta ao envenenamento do ex-espião russo, Serguéi Skripal, e da sua filha, e a "forte resposta" ao uso de armas químicas por parte do presidente sírio, Bachar al Asad, assim como nos esforços para a desnuclearização da Coreia do Norte.

Na declaração, Boris Johnson adiantou que o Reino Unido, os Estados Unidos e os parceiros europeus estão igualmente unidos no esforço conjunto "para enfrentar qualquer tipo de comportamento iraniano" que torne a região na região do Médio Oriente menos segura.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, por seu turno, apelou para que Donald Trump não rejeite o acordo nuclear com o Irão, alertando que existe um risco real de guerra se o acordo terminar.

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Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.