Israel pretende controlar o que descreve como “o último reduto do Hamas”, pelo que pede aos palestinianos para fugirem para a considerada zona humanitária no sul do território.
O exército israelita pediu uma
evacuação total da Cidade de Gaza na manhã desta terça-feira, antes que seja expandida
a operação militar na maior cidade do enclave.
Israel pede evacuação de Gaza antes de expandir operação militarAP Photo/Yousef Al Zanoun
Este foi o primeiro alerta para
uma evacuação total da cidade que neste momento já se encontra rodeada de
combates.
O ministro da Defesa israelita,
Israel Katz, referiu, também esta terça-feira, que já foram destruídos trinta
prédios altos da Cidade do Hamas e considerou que o Hamas os utilizava como infraestruturas
militares. Já na segunda-feira, Benjamin Netanyahu afirmou que Israel destruiu
pelo menos 50 “torres terroristas” utilizadas pelo Hamas.
Não ficou claro se as destruições
anunciadas por Katz se somam às anunciadas por Netanyahu, ou se já estão
incluídas nesta conta, mas o primeiro-ministro israelita considerou as ações como “apenas
a introdução, o início da principal operação intensiva, a incursão terrestre”
das Forças de Defesa de Israel (IDF).
Israel pretende controlar o que
descreve como “o último reduto do Hamas”, pelo que pede aos palestinianos para
fugirem para a considerada zona humanitária no sul do território. Na capital do
enclave moram cercam de um milhão de palestinianos e, até segunda-feira, apenas
uma pequena parte se tinha retirado. A Cidade de Gaza serve também como
sede de muitas organizações de apoio humanitário.
O coronel Avichay Adraee,
porta-voz das IDF, já tinha alertado na semana passada para a necessidade de
evacuar a cidade, afirmando que se as famílias se deslocassem para sul iriam
receber assistência humanitária, apesar de as organizações que ainda o
conseguem fazer referirem que têm poucas capacidades para apoiarem mais pessoas
uma vez que cerca de 90% dos dois milhões de palestinianos que vivem em Gaza se
encontram deslocados.
Desde que Israel lançou a sua
resposta ao ataque do Hamas a 7 de outubro de 2023, já morreram pelo menos 64.522
palestinianos, segundo os dados do Ministério da Saúde de Gaza (controlado pelo Hamas), que não
menciona quantos eram civis e quantos eram combatentes.
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Só espero que, tal como aconteceu em 2019, os portugueses e as portuguesas punam severamente aqueles e aquelas que, cinicamente e com um total desrespeito pela dor e o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares dos falecidos, assumem essas atitudes indignas e repulsivas.