O Exército israelita tinha anunciado na sexta-feira que ia fazer, “nos próximos dias”, um ataque contra edifícios altos na Cidade de Gaza antes de conquistar a cidade, argumentando que os prédios “se tornaram infraestruturas terroristas”.
Israel destruiu este sábado um edifício alto na Cidade de Gaza, alegando que era “utilizado pelo [grupo islamita] Hamas”, anunciou o Exército em comunicado, mas, segundo testemunhas, não foi a mesma torre que tinha avisado que ia bombardear.
Israel destrói torre na cidade de GazaAP Photo/Leo Correa
O Exército “atingiu recentemente um edifício alto utilizado pela organização terrorista Hamas na zona da Cidade de Gaza”, avançou o comunicado militar.
Testemunhas citadas pela agência de notícias francesa AFP afirmaram que o edifício destruído era a Torre Soussi, localizada no mesmo perímetro de evacuação da Torre Ruya, que o Exército israelita tinha anunciado anteriormente que pretendia atingir.
Vídeos da torre de 15 andares a desabar numa grande nuvem de poeira após explosões na sua base estão a circular nas redes sociais, um dos quais foi republicado pelo ministro da Defesa, Israel Katz, acompanhado da palavra “Continuamos”.
Na sexta-feira, após a destruição de um outro edifício alto no oeste da Cidade de Gaza, tinha escrito: “Começámos”.
O Exército israelita tinha anunciado na sexta-feira que ia fazer, “nos próximos dias”, um ataque contra edifícios altos na Cidade de Gaza antes de conquistar a cidade, argumentando que os prédios “se tornaram infraestruturas terroristas”.
No comunicado em que anunciou o bombardeamento, o Exército israelita argumentou que “os terroristas do Hamas instalaram equipamento de inteligência e estabeleceram postos de observação no edifício para monitorizar a localização das tropas na área”, acrescentando que o grupo islamita palestiniano também “estabeleceu infraestruturas subterrâneas junto ao edifício”.
Este é a segunda torre bombardeada pelo Exército na Cidade de Gaza nas últimas 24 horas, na sequência de uma nova operação para demolir os últimos edifícios da cidade antes de assumir o controlo total daquela que é considerada a capital de Gaza.
Ao longo da sua ofensiva de quase dois anos em Gaza, Israel usou o mesmo argumento para bombardear escolas, abrigos, tendas, clínicas, hospitais e pontos de distribuição de alimentos: a presença de “infraestruturas terroristas” do Hamas, mas, na maioria dos casos, não apresentou quaisquer provas.
De manhã, uma outra mensagem do Exército instava os residentes de um edifício residencial no sudoeste da Cidade de Gaza e as pessoas nos arredores e abandonarem o local, avisando que o bombardeamento do prédio estava iminente.
“Alerta urgente aos residentes da Cidade de Gaza [...] e especialmente aos que se encontram no edifício Al-Rouya [...] ou nas tendas próximas”, lê-se numa publicação feita nas redes pelo porta-voz em árabe do exército israelita, Avichay Adraee.
A mensagem foi acompanhada de uma imagem da vista aérea da zona, que mostrava o edifício assinalado a vermelho, mas o alvo acabou por não ser este.
As autoridades aconselharam ainda os residentes da Cidade de Gaza a dirigirem-se para uma “zona humanitária” declarada por Israel mais a sul da Faixa de Gaza.
A ONU estima que estejam cerca de um milhão de pessoas na região da Cidade de Gaza, alertando para um “desastre iminente” em caso de mais ataques israelitas.
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