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Israel aprova 19 novos colonatos judaicos na Cisjordânia ocupada

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A decisão incluiu a legalização retroativa de alguns postos avançados ou bairros de colonatos já existentes bem como a criação de novos em terrenos de onde os palestinianos foram evacuados.

Israel aprovou uma proposta para a construção de 19 novos colonatos na Cisjordânia ocupada, avançou o ministro das Finanças este domingo.  

Israel aprova novos colonatos na Cisjordânia
Israel aprova novos colonatos na Cisjordânia AP Photo/Ohad Zwigenberg, File

Betzalel Smotrich, membro de um partido de extrema-direita, tem defendido uma agenda de expansão dos colonatos na Cisjordânia, especialmente desde o momento de maior tensão entre Israel e o Hamas, desencadeado pelo ataque de 7 de Outubro. Nos últimos dois anos foram aprovados 69 colonatos e o número de ataques contra palestinianos na Cisjordânia também aumentou.  

Segundo as Nações Unidas, durante a colheita de azeitonas deste outubro os colonos em todo o território lançaram uma média de oito ataques diários, o maior número desde que os dados começaram a ser recolhidos, em 2006. Os ataques continuaram em novembro, tendo sido registado mais 136 até dia 24. Os colonos incendiaram carros, profanaram mesquitas, invadiram fábricas e destruíram plantações.  

A decisão deste domingo incluiu a legalização retroativa de alguns postos avançados ou bairros de colonatos já existentes, incluindo dois que foram anteriormente evacuados em 2005, bem como a criação de novos em terrenos de onde os palestinianos foram evacuados.  

Este anúncio ocorre num momento em que os Estados Unidos pressionam Israel e o Hamas para que avancem para a próxima fase do cessar-fogo em Gaza, em vigor desde o dia 10 de outubro. O plano mediado pelos Estados Unidos prevê que seja feito um “caminho” para a possível existência de um Estado palestiniano, algo que os Israelitas continuam a negar e os colonatos são a sua principal forma de o evitar.  

Em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, Israel capturou a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Gaza e cerca de 500 mil judeus ocuparam terrenos na Cisjordânia, enquanto 200 mil ocuparam Jerusalém Oriental - território amplamente disputado pelas duas partes e que ambas consideram que deveria fazer parte do seu Estado.  

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