Autoridades referem que a jovem estava doente e que entretanto regressou à família. Tinha sido detida no início do mês depois de uma suposta discussão com os seguranças do campus sobre o uso do hijab.
A estudante universitária que foipresa no início do mês em Teerãopor ter ficado apenas em roupa interior na rua foi libertada e não enfrenta nenhuma acusação, informaram esta terça-feira as autoridades iranianas. A mulher, que segundo a BBC Persa se chama Ahoo Daryaei, tinha sido filmada em roupa interior no campus da universidade no que aparentava ser um protesto contra o hijab (o lenço que cobre o cabelo das mulheres muçulmanas).
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De acordo com as autoridades judiciais, citadas pela BBC, a mulher foi tratada num hospital e já regressou a casa. "Considerando que ela foi enviada para o hospital e que se descobriu que estava doente, acabou por regressar à sua família... e não vai dar entrada nenhum caso judicial contra ela", afirmou o porta-voz judicial Asghar Jahangir.
Na época em que a jovem foi detida, várias organizações internacionais condenaram as autoridades iranianas e a Amnistia Internacional foi uma das que pediu a sua libertação imediata.
Quando o vídeo foi publicado por uma organização estudantil, foi descrito que Ahoo Daryaei tinha tido um desentendimento com os seguranças por não estar a usar o lenço para cobrir a cabeça. Nessa discussão terá acabado por se despir, ficando apenas em roupa interior.
Em resposta a este vídeo, as autoridades disseram que ela estaria "doente" e que teria sido encaminhada para a ala psiquiátrica. Esta não é a primeira vez que as autoridades de Teerão alegam que mulheres que protestam contra as regras de vestuário têm problemas mentais.
Desde a revolução islâmica de 1979 que as mulheres iranianas são obrigadas a cobrir o cabelo e a usar roupas modestas. Há dois anos, a morte de uma jovem - Mahsa Amini - às mãos da polícia da moralidade por alegadamente não estar a usar o lenço corretamente lançou uma onda de protestos que fez o regime tremer. A repressão forte dos protestos causou a morte de mais de 500 pessoas durante os meses que se seguiram.
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