Mehmet Oz é médico e uma conhecida personalidade televisiva dos EUA. O seu programa esteve no ar entre 2009 e 2022 e ao longo do tempo foi colecionando polémicas com temas como comprimidos para emagrecer, reconversão da homossexualidade ou anti-vacinas.
Donald Trump anunciou mais uma escolha para o seu governo: Mehmet Oz, mais conhecido como Dr. Oz, vai dirigir os centros do Medicare e os serviços Medicaid. Oz é conhecido por ser a cara de um popular programa televisivo emitido durante anos.
REUTERS/Mike Segar
"Dr. Oz vai ser um líder a incentivar a prevenção de doenças, para que tenhamos os melhores resultados do mundo por cada dólar que gastarmos em cuidados de saúde na nosso Grande País", escreveu Trump no comunicado, citado pela Associated Press. "Também vai fazer cortar desperdícios e fraudes na agência mais cara do Governo do nosso País, que representa um terço do gasto nacional em cuidados de saúde e um quarto do nosso orçamento nacional global."
Oz já tinha tentado entrar para a política em 2022, quando concorreu pelos republicanos para o senado pela Pensilvânia. Perdeu, apesar de ter tido o apoio de Donald Trump.
O presidente eleito dos EUA disse ainda Oz vai trabalhar em proximidade com Robert F. Kennedy, nomeado para liderar o Departamento de Saúde.
Oz vai assim ser o responsável pela gestão do Medicare, o programa de seguros de saúde federal para pessoas com mais de 65 anos ou com deficiências. A agência também supervisiona o Medicaid, o seguro de saúde público para pessoas com baixos rendimentos, que é financiando em conjunto pelos estados e pelo governo federal. Em conjunto, os dois programas dão seguro de saúde a 140 milhões de americanos. Nos EUA não existe um Sistema Nacional de Saúde, pelo que sem seguro de saúde é praticamente impossível ter acesso a cuidados.
Os centros Medicare e Medicaid também tratar da inscrição dos seguros de saúde ao abrigo do Affordable Care Act, também conhecido como Obamacare. Trump e outros republicanos já tentaram acabar com esta lei, mas neste mandato o presidente eleito prometeu apenas reformá-la.
Durante a campanha, Donald Trump não reduzir o Medicare, mas espera-se que deixe os subsídios federais para o Medicaid caducarem no final de 2025.
Quem é Dr Oz, o médico das polémicas
Cirurgião cardiovascular, formado em Harvard, Mehmet Oz tornou-se conhecido do grande público por dar conselhos médicos no programa da popular apresentadora Oprah Winfrey, que o nomeou "o médico dos EUA", em 2004. Cinco anos depois passou a ter o seu próprio espaço televisivo, onde aliás, o então candidato Donald Trump decidiu anunciar o seu estado de saúde, na primeira corrida para a Casa Branca, em 2016.
Apesar da popularidade, o facto de misturar ciência médica com medicina alternativa levou-o a ser protagonista de várias polémicas. Uma delas foi quando falou, em 2012, no seu programa de uns comprimidos para perder peso à base de grãos de café verdes, a que chamou "a cura mágica para a perda de peso em qualquer tipo de corpo". O investigadores deste produto acabaram a retratar-se em 2014 e foram investigados pelo Congresso, onde Oz foi chamado como testemunha.
Muitas vezes as suas afirmações foram desmentidas pelas autoridades norte-americanas. Uma vez foi quando disse que algumas das marcas de sumo de mação tinham arsénico.
Chegou a ter um programa sobre reconversão de homossexuais, outro que alertava para os riscos da vacinação infantil e afirmou que o ébola se transmite pelo ar.
Em sua defesa, afirmou ao Congresso, em 2014, que acreditava pessoalmente nos produtos que de que falava no programa. "Analiso-os com paixão", disse, acrescentando que conseguir "consenso científico" era difícil.
"A medicina é uma 'guerra civil' travada entre os médicos convencionais e aqueles que estão abertos a curas alternativas para doenças que vão desde a ansiedade ao cancro", afirmou ainda mais tarde a um jornalista.
Durante a pandemia deu conselhos como a toma de hidroxicloroquina - um medicamento anti-malárico - e tornou-se conselheiro informal do então presidente Trump, que admitiu ter tomado o medicamento. Estas posições públicas, levaram a agência que aprova os medicamentos a revogar a autorização de utilização de emergência da hidroxicloroquina, afirmando que "já não era razoável acreditar" que o medicamento era eficaz contra a covid-19 ou que os seus benefícios superavam os "riscos conhecidos e potenciais".
As polémicas levaram a Universidade de Columbia a cortar os laços com Oz, em 2022, e removeu a sua presença da página online. O seu programa televisivo terminou em janeiro de 2022.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
O Chega está no centro do discurso político e comunicacional português, e bem pode o PSD querer demarcar-se a posteriori (e não quer muito) que perde sempre. A agenda política e comunicacional é a do Chega e, com a cloaca das redes sociais a funcionar em pleno
É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro