O candidato republicano repetiu uma teoria da conspiração e no dia seguinte, famílias sentiram-se inseguros em mandar os seus filhos à escola.
As teorias de conspiração divulgadas pela direita mais radical norte-americana - e repetidas por Donald Trump durante o debate com Kamala Harris - fizeram com que imigrantes vindos do Haiti para os Estados Unidos se sintam inseguros na cidade para o qual se mudaram, Springfield, tendo mesmo sido alvos de atos de vandalismo.
A direita norte-americana tem vindo a partilhar um meme - assim o apelidou o candidato a vice-presidente de Trump, JD Vance - de que migrantes vindos do Haiti estão a raptar animais de estimação da população local de Springfield, no Ohio, Estados Unidos, e a comê-los. As autoridades locais de Springfield já desmentiram a teoria, mas tal não impediu a direita mais radical de constinuar a espalhar estas informações. Durante o debate, Trump disse mesmo: "Em Springfield, eles estão a comer os cães. As pessoas que entraram no país estão a comer os gatos, estão a comer os animais de estimação das pessoas que moram lá".
De acordo com o Haitian Times e com a ABC, famílias de migrantes decidiram não enviar as suas crianças para a escola, tendo muitas crianças pedido aos seus pais que não os obrigassem a ir às aulas no dia a seguir ao debate entre candidatos a presidente.
Esta quarta-feira, foi também emitido um alerta bomba em vários edifícios públicos em Springfield. A polícia vasculhou duas escolas básicas, a câmara municipal e outros edifícios, explicou a chefe da polícia local, citada pela ABC News. Entretanto, o FBI está a trabalhar com a polícia local para identificar o suspeito que fez as ameaças.
Porta-voz do município já veio desmentir que haja um número anormal de desaparecimento de animais de estimação na cidade ou que as autoridades tenham alguma suspeita de que a comunidade de migrantes haitianos tenha "magoado ou abusado" qualquer animal.
De acordo com associações de defesa dos direitos dos migrantes, desde que começou a circular a teoria sobre o rapto de animais, que os haitianos se têm deparados com atos de vandalismo contra a sua propriedade, incluindo casas e carros.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.
Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.
O caso Spinumviva morreu. A Spinumviva ela própria continua viva e de saúde.
