Projeto-piloto faz parte de um acordo assinado ontem por Keir Starmer e Emmanuel Macron.
As pessoas que chegarem ao Reino Unido de forma ilegal em pequenos barcos serão deportadas para França. Esta medida faz parte de um "acordo inovador", assinado na quinta-feira pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o presidente francês, Emmanuel Macron. Com este anúncio, o governo inglês espera agora que haja cada vez menos pessoas a atravessar ilegalmente o Canal da Mancha.
"Pela primeira vez, os imigrantes que chegarem através de pequenos barcos serão detidos e devolvidos a França", anunciou Keir Starmer através de uma conferência de imprensa.
Este plano foi anunciado na passada quinta-feira pelo primeiro-ministro britânico e o presidente francês, na base militar de Northwood, em Inglaterra, e aconteceu após uma visita de Estado de três dias de Emmanuel Macron. Intitulado de "um entra, um sai", este projeto-piloto prevê que as autoridades inglesas detenham aqueles que atravessem o Canal da Mancha e que sejam mandados de volta para França.
Para já, não se sabe quando é que está previsto este projeto ser colocado em prática, no entanto, espera-se que comece a ser implementado já "nas próximas semanas", segundo Starmer, e que inclua uma rota segura e controlada "aberta apenas para aqueles que não tentaram entrar ilegalmente no Reino Unido".
Esta é a primeira vez que tal acordo é celebrado entre ambos os países. A partir do momento em que este projeto estiver em andamento, quem cruzar o Canal da Mancha verá os seus dados biométricos serem recolhidos no centro de imigração de Manston.
Emmanuel Macron entretanto também já deu as boas-vindas a esta medida e aproveitou para culpar várias vezes o Brexit pelo número de pessoas que atravessam frequentemente o canal de forma ilegal.
"Várias pessoas explicaram que o Brexit iria fazer os possíveis para combater efetivamente a imigração ilegal, mas desde o Brexit que o Reino Unido não tem um acordo de imigração ilegal com a União Europeia - que cria e incentiva a travessia -, precisamente o oposto daquilo que o Brexit promete", denunciou o presidente francês. "Os britânicos venderam uma mentira: que era um problema da Europa."
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