O homem ficou detido no comando da Polícia de Macossa, no norte de Manica, e "deverá responder por duplo homicídio qualificado".
Um homem de 42 anos terá matado a esposa de 40 anos e a filha de dois meses no centro de Moçambique, justificando-se com motivações sobrenaturais, disse hoje à Lusa fonte policial.
O homem pegou num machado e atacou a esposa e a filha com vários golpes, quando a mãe estava sentada com a bebé ao colo no quintal da casa onde residiam, no distrito de Macossa, província de Manica, na segunda-feira.
O casal vivia num clima tenso nos últimos dias, com frequentes discussões, violência verbal e física, um problema atribuído pelo agressor a maus espíritos implantados no lar pela esposa, disse à Lusa Elcidia Filipe, porta-voz do Comando da Polícia de Manica.
"O homem procurou curandeiros e obteve um tratamento" que apaziguou a relação "durante um tempo", acrescentou, mas "após alguns dias, a violência cresceu até ao ponto em que ele recorreu a um machado para matar a esposa e filha".
O homem ficou detido no comando da Polícia de Macossa, no norte de Manica, e "deverá responder por duplo homicídio qualificado", segundo a Polícia.
Após cometer os homicídios, o homem terá tentado suicidar-se, ateando fogo contra a sua casa de construção precária enquanto estava no interior, tendo sido socorrido pela Polícia.
"Quando interrogado pela Polícia, insiste em dizer que estava fora de si, supostamente possuído por maus espíritos", disse Elcidia Filipe.
O obscurantismo e a crença em rituais são causas frequentes de homicídios em Moçambique, bem como de perseguição a calvos e a albinos.
Homem mata esposa e filha bebé por motivações sobrenaturais
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A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.