A expansão de colonatos foi aprovada hoje pelo Gabinete de Segurança de Israel por proposta do ministro das Finanças, o ultrarradical nacionalista Bezalel Smotrich, e do ministro da Defesa, Israel Katz.
O grupo islamita palestiniano Hamas condenou este domingo a aprovação, pelo Gabinete de Segurança israelita, de 19 novos colonatos na Cisjordânia ocupada, referindo-se a uma "anexação progressiva" e a um "instrumento de deslocação" dos seus habitantes.
"Representa um novo passo colonial que consolida a política de anexação progressiva e procura saquear o território palestiniano e impor medidas coercivas em detrimento dos direitos históricos e legais do nosso povo", afirmou Harun Nassereddine, membro do gabinete político do Hamas, em comunicado.
O dirigente do Hamas, que controla as autoridades da Faixa de Gaza, considerou que "as práticas da ocupação e dos seus colonos criminosos" revelam a insistência do Governo israelita em expandir os colonatos como um "instrumento fundamental para a deslocação" de palestianos.
A expansão de colonatos foi aprovada hoje pelo Gabinete de Segurança de Israel por proposta do ministro das Finanças, o ultrarradical nacionalista Bezalel Smotrich, e do ministro da Defesa, Israel Katz.
Com esta decisão, o número total de colonatos, ilegais segundo o direito internacional e reconhecidos durante o mandato de Smotrich, sobe para 69.
"Estamos a impedir o estabelecimento de um Estado terrorista palestiniano no terreno", declarou o ministro ultrarradical em comunicado, acrescentando que entre estes novos colonatos estão Ganim e Kadim, a oeste da cidade palestiniana de Jenin, que foram desmantelados em 2005.
Em maio, o exército israelita autorizou o regresso de cidadãos israelitas aos colonatos de Sanur, Ganim e Kadim, nos quais estavam proibidos de entrar desde então.
Esta decisão foi tomada em retaliação depois de três países, Espanha, Noruega e Irlanda, terem anunciado o reconhecimento formal do Estado da Palestina.
Em setembro, outra dezena de países ocidentais, incluindo potências como Reino Unido e França e também Portugal, também reconheceram o Estado da Palestina, levando à ameaça da ala radical do Governo israelita de anexar a quase totalidade da Cisjordânia, que é parcialmente controlada pela Autoridade Palestiniana.
Estima-se que mais de 500 mil colonos judeus residam atualmente na Cisjordânia, ocupada por Israel desde a guerra de 1967, e outros 200 mil vivam em Jerusalém Oriental, anexada por Israel.
O Hamas declarou hoje no seu comunicado que os colonatos e as incursões em Jerusalém Oriental "são duas faces da mesma moeda, uma política de agressão e judaização", e instou a comunidade internacional a assumir as suas "responsabilidades legais e morais, a tomar medidas imediatas e práticas para travar os colonatos e proteger os locais sagrados".
O Hamas e Israel aceitaram um cessar-fogo na Faixa de Gaza, em vigor desde 10 de outubro, mas ainda não acordaram as próximas etapas do plano de paz proposto pelos Estados Unidos, que preveem o desarmamento dos islamitas palestinianos e o recuo das tropas israelitas no enclave.
Um projeto de anexação da Cisjordânia está a ser apreciado no parlamento israelita, levando os Estados Unidos, em outubro, a ameaçar retirar o apoio a Telavive se esta iniciativa for levada para diante.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelos ataques do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, a violência explodiu na Cisjordânia entre exército israelita, colonos judeus e a população palestiniana.
As Nações Unidas registaram mais de mil palestinianos mortos desde então em ataques atribuídos aos militares israelitas ou a colonos radicais armados.
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