Dez linhas de metro estão paralisadas, quatro só funcionam em hora de ponta e as linhas principais de comboio que acedem aos aeroportos existentes na capital têm um serviço limitado.
Centenas de milhares de pessoas foram afetadas hoje em Paris pela greve dos trabalhadores dos transportes públicos, que protestam contra a reforma de pensões que os obrigará a trabalhar por mais tempo, noticiam as agências internacionais.
Este é o primeiro grande movimento sindical desde as férias de verão e visa lutar contra a aplicação de um sistema por pontos e a unificação de quarenta regimes existentes atualmente.
Dez linhas de metro estão paralisadas, quatro só funcionam em hora de ponta e as linhas principais de comboio que acedem aos aeroportos existentes na capital têm um serviço limitado, tal como os autocarros.
Nas plataformas foram deixadas mensagens em francês e inglês alertando os passageiros da greve, que é a maior desde 2007.
As autoridades recomendaram aos moradores de Paris que trabalhassem de casa ou que escolhessem outros meios de transporte.
As estradas registavam grandes engarrafamentos nos arredores da capital antes das oito horas da manhã, formando cerca de 285 quilómetros de fila, informou o organismo governamental que monitoriza as estradas, Bison Futé.
A nova reforma afeta diretamente os empregados da Operadora Autónoma dos Transportes Parisienses (RATP) que usufruem de um regime especial de pensões que lhes permite reformar-se entre os 51 e os 62 anos, com uma pensão calculada exclusivamente nos últimos seis meses de carreira.
Em comunicado, a Solidaires, um dos grupos de sindicados, explicou que defende este regime especial porque o considera a base de um contrato social construído para criar um certo equilíbrio frente às obrigações vinculadas às suas missões de trabalho.
A greve de hoje inicia uma série de mobilizações já programas contra as novas medidas.
Na segunda-feira está convocada a paralisação coletiva de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, pilotos de avião e comissários de bordo.
Para quinta está prevista outra greve na elétrica estatal EDF.
A Força Obreira é o primeiro sindicato a manifestar-se em Paris no sábado, no dia 21, e três dias depois a Confederação Geral de Trabalho, a Solidaires e a SUD-Rail marcharão por todo o país.
O primeiro-ministro Édouard Philippe sublinhou que se iniciaram na quinta-feira as rondas de consultas cidadãs e que vão durar até ao fim do ano.
Em paralelo, o Governo tentará conversações com os sindicatos e os trabalhadores para discutir temas como a idade de reforma, a duração de cotações e a transição entre o atual regime de reforma e o próximo.
O primeiro-ministro explicou que este projeto lei de reformas será votado na Assembleia Nacional "até ao próximo verão" ainda que a lei só se torne vigente em 2040.
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