A missão de manutenção da paz da ONU considerou "inaceitável" que os funcionários tenham sido visados. A origem da explosão está neste momento a ser investigada.
Quatro funcionários das Nações Unidas, três observadores e um tradutor, ficaram feridos neste sábado após um obus explodir perto dos mesmos enquanto efetuavam uma patrulha a pé no sul do Líbano.
REUTERS/Aziz Taher
A missão de manutenção da paz da ONU, conhecida como Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL), estão localizados no sul do país de forma a monitorizar as hostilidades ao longo da linha de demarcação entre o Líbano e Israel, conhecida como Linha Azul.
A UNIFIL declarou em comunicado que o ataque às forças de manutenção da paz é "inaceitável", e acrescentaram que estão neste momento a investigar a origem da explosão.
"Todos os intervenientes têm a responsabilidade, nos termos do direito humanitário internacional, de assegurar a proteção dos não combatentes, incluindo as forças de manutenção da paz, os jornalistas, o pessoal médico e os civis", declarou a UNIFIL. "Repetimos o nosso apelo a todos os intervenientes para que cessem as atuais trocas de fogo pesado antes que mais pessoas sejam desnecessariamente feridas."
Duas fontes de segurança disseram à agência Reuters que os observadores tinham sido feridos num ataque israelita nos arredores da cidade fronteiriça de Rmeish. No entanto, os militares israelitas negaram o seu envolvimento no incidente. "Contrariamente ao que foi noticiado, as Forças de Defesa de Israel não atacaram um veículo da UNIFIL na zona de Rmeish esta manhã", afirmaram as Forças de Defesa de Israel em comunicado.
Najib Mikati, primeiro-ministro interino do Líbano, falou com o comandante da UNIFIL, Aroldo Lozaro, tendo condenado o "ataque".
Já Milad Alam, presidente da câmara de Rmeish afirmou que: "De Rmeish, ouvimos uma explosão e depois vimos um carro da UNIFIL a passar. Os observadores estrangeiros foram levados para hospitais em Tyre e Beirute de helicóptero e de carro." O mesmo confirmou que o tradutor libanês está em estado considerado estável.
Um dos observadores era um cidadão norueguês, que sofreu ferimentos ligeiros, informou o Ministério da Defesa da Noruega à Reuters. Já a Agência Nacional de Notícias do Líbano afirmou que os outros dois observadores feridos eram um chileno e um australiano.
Os bombardeamentos israelitas no Líbano já mataram cerca de 270 combatentes do Hezbollah, mas também cerca de 50 civis, incluindo crianças, médicos e jornalistas, e já atingiram a UNIFIL e o exército libanês.
No mês passado, a UNIFIL afirmou que os militares israelitas violaram o direito internacional ao dispararem contra um grupo de jornalistas claramente identificáveis.
A Coordenadora Especial das Nações Unidas para o Líbano, Joanna Wronecka, afirmou num comunicado que estava "triste" por saber dos ferimentos e que o incidente serviu como "mais uma chamada de atenção para a necessidade urgente de regressar à cessação das hostilidades através da Linha Azul".
O Hezbollah, grupo armado libanês e aliado do Hamas, tem vindo a "trocar" tiros com os militares israelitas ao longo da linha azul da Linha Azul desde outubro, quando se deu o ataque do Hamas a Israel.
Os Estados Unidos e outros países têm tentado encontrar uma solução diplomática para as trocas de tiros entre o Hezbollah e Israel. No entanto, o Hezbollah afirmou que não cessará o fogo antes de ser implementado um cessar-fogo em Gaza.
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