Descoberta surge após os recentes ataques israelitas às forças de manutenção da paz da ONU no Líbano, que provocaram vários feridos.
Militares italianos da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) detetaram esta segunda-feira "uma série de engenhos explosivos incendiários ao longo da estrada que conduz à base operacional avançada UNP 1-32A" das tropas internacionais no sul do país.
"Uma equipa de eliminação de explosivos do contingente, que se encontrava no local, fez a segurança da zona, mas não conseguiu concluir as operações de limpeza, porque, por causas que ainda estão a ser apuradas, um dos engenhos foi acionado, provocando um incêndio nas imediações", indicou o Governo italiano em comunicado.
Nenhum dano pessoal ou material foi registado, acrescentou.
"A UNIFIL e as autoridades libanesas estão a realizar investigações para esclarecer a dinâmica dos acontecimentos e localizar os autores e principais perpetradores da possível ameaça", referiu ainda o comunicado.
O Conselho de Segurança da ONU tem uma reunião agendada para hoje para estudar a situação no Líbano, num momento de máxima tensão, na sequência dos repetidos ataques do Exército israelita às bases da UNIFIL e da exigência de Israel para que as tropas internacionais abandonem as suas instalações.
A situação no sul do país agravou-se no domingo, quando dois tanques Merkava israelitas derrubaram a entrada de uma posição da UNIFIL em Ramyah e entraram nas instalações.
Além disso, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, enviou uma mensagem gravada ao secretário-geral da ONU, António Guterres, na qual lhe voltou a pedir a evacuação das bases da UNIFIL.
O mandato da UNIFIL, missão criada em 1978 e que mantém no Líbano cerca de 10 mil militares internacionais, é da responsabilidade do Conselho de Segurança.
Antes do agravamento da situação dos capacetes azuis no Líbano, mas já na presença de incidentes envolvendo as forças israelitas, o porta-voz da UNIFIL desafiou, em entrevista à Lusa na quinta-feira, a comunidade internacional a tomar mais ações do que palavras para evitar um desastre humanitário e uma guerra total no Médio Oriente, que "não teria vencedores".
Israel e o Hezbollah trocaram tiros diariamente ao longo da fronteira israelo-libanesa no último ano, quando o grupo armado xiita partiu em apoio do seu aliado Hamas na Palestina, no início da guerra na Faixa de Gaza, em 07 de outubro de 2023.
Na ultima quinzena de setembro passado, Israel anunciou que ia deslocar o foco das suas operações militares da Faixa de Gaza para o Líbano e deu início a uma campanha de intensos bombardeamentos no sul do país e nos subúrbios da capital, Beirute, matando o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e numerosos elementos de topo da sua hierarquia.
Desde o início do mês, as forças israelitas lançaram uma invasão terrestre no sul do Líbano, com o objetivo declarado de neutralizar a capacidade do Hezbollah de executar ataques aéreos contra Israel, e onde também se encontra estacionado o contingente militar internacional das Nações Unidas.
Este conflito já matou mais de 2.300 pessoas no Líbano, a maioria das quais nas últimas semanas, segundo as autoridades libanesas, e deslocou cerca de 1,2 milhões de habitantes.
Hoje, Benjamin Netanyahu ameaçou que Israel continuará "a atacar sem piedade o Hezbollah", incluindo em Beirute.
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