Sábado – Pense por si

França: Assembleias de voto abrem para a 1.ª volta das legislativas

Com os primeiros resultados esperados por volta das 20h (19h em Lisboa), esta eleição poderá abalar o panorama político francês e abrir caminho para que a extrema-direita chegue ao poder dentro de uma semana.

As assembleias de voto abriram este domingo às 8h (7h em Lisboa) em França para a realização da primeira volta das eleições legislativas marcadas em 09 de junho pelo Presidente Emmanuel Macron.

REUTERS/Christian Hartmann

Com os primeiros resultados esperados por volta das 20h (19h em Lisboa), esta eleição poderá abalar o panorama político francês e abrir caminho para que a extrema-direita chegue ao poder dentro de uma semana.

Após a abertura das urnas em territórios ultramarinos como São Pedro e Miquelon, São Bartolomeu, São Martinho, Guadalupe, Martinica, Guiana, Polinésia Francesa - aliás, a Nova Caledónia encerrou no sábado as assembleias de voto com um aumento da afluência após os protestos de há algumas semanas -, bem como em embaixadas e consulados no continente americano, é a vez, este domingo, da França continental, onde 49,5 milhões de eleitores estão inscritos para votar.

As eleições de 30 de junho são apenas a primeira volta de um sistema de duas voltas, sendo o dia 7 de julho a data-chave.

A Assembleia Nacional francesa é composta por 577 deputados, eleitos por outros tantos círculos eleitorais: em cada um deles, só há um vencedor na primeira volta se alguém obtiver mais de 50% dos votos expressos e estes representarem, além disso, 25% do total do eleitorado.

As sondagens mostram a aliança conservadora liderada pela União Nacional (RN, de extrema-direita), de Jordan Bardella e Marine Le Pen à frente dos rivais, com uma intenção de voto de cerca de 30%, mas não é claro que consigam alcançar a maioria absoluta que Bardella exige para governar sem dependência.

Artigos Relacionados
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.