Estas tomadas de posição sucedem-se à publicação de um relatório, solicitado pela ONU, que concluiu que a UNRWA falhava na "neutralidade" na Faixa de Gaza, mas também que Israel não tinha fornecido "provas" de alegados laços de alguns dos seus membros com "organizações terroristas".
Os EUA querem "ver progressos" no seio da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA, na sigla em Inglês) antes de a voltarem a financiar, enquanto Noruega e União Europeia (UE) apelaram à retomada do financiamento da entidade.
REUTERS/Amr Abdallah Dalsh
John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, disse: "Quanto ao nosso financiamento da UNRWA, ele continua suspenso. Temos de ver verdadeiros progressos antes de isso acontecer".
Já a Noruega, que preside o grupo dos dadores para a Palestina (AHLC, na sigla em Inglês), exortou hoje todos os Estados a retomarem as suas contribuições para a UNRWA.
Também hoje a UE apelou aos financiadores da UNRWA para que continuem o seu apoio à organização.
Estas tomadas de posição sucedem-se à publicação de um relatório de peritos, solicitado pela Organização das Nações Unidas (ONU), que concluiu que a UNRWA falhava na "neutralidade" na Faixa de Gaza, mas também que Israel não tinha fornecido "provas" de alegados laços de alguns dos seus membros com "organizações terroristas".
A propósito, Kirby disse que os EUA "saúdam os resultados do relatório e apoiam firmemente as suas recomendações", assinalando que, em todo o caso, o governo do presidente Joe Biden tinha constrangimentos legais.
Com efeito, uma lei orçamental, votada em março, suspende qualquer financiamento dos EUA à UNRWA durante um ano.
Já o chefe da diplomacia norueguesa, Espen Barth Eide, declarou-se "muito feliz" por "países como Austrália, Canadá, Finlândia, Alemanha, Islândia, Japão e Suécia terem retomado os seus financiamentos à UNRWA".
Em comunicado, o ministro norueguês acrescentou: "Gostaria agora de apelar aos países que ainda têm as suas contribuições para a UNRWA congeladas para que retomem o seu financiamento".
Por seu lado, a UE apelou hoje aos doadores da UNRWA para que continuem a apoiar a organização, no seguimento da divulgação daquele relatório da ONU.
O comissário europeu com a pasta da ajuda humanitária, Janez Lenarcic, escreveu nas redes sociais: "Apelo aos doadores a apoiar a UNRWA, vital para os refugiados palestinianos".
A UE é o primeiro doador da UNRWA, acusada por Israel de empregar mais de "400 terroristas" na Faixa de Gaza.
Na segunda-feira, o grupo independente e análise política presidido pela ex-ministra dos Negócios Estrangeiros francesa Catherine Colonna considerou que a UNRWA é "insubstituível e indispensável".
A fome ameaça a Faixa de Gaza, onde mais de 34 mil pessoas, na sua maioria mulheres e crianças, foram mortos pelas forças israelitas, desde o início da resposta de Israel ao ataque do Hamas, em 07 de outubro.
A UNRWA conta mais de 30 mil trabalhadores.
Cerca de 5,9 milhões de palestinianos na região – Faixa de Gaza, Cisjordânia, Líbano, Jordânia e Síria – estão registados na agência da ONU.
A UNRWA, criada pela Assembleia Geral da ONU em 1949, "é a coluna vertebral das operações humanitárias" na Faixa de Gaza, tinha afirmado, na semana passada, perante o Conselho de Segurança da ONU, o seu diretor, Philippe Lazzarini, que denunciou uma "campanha insidiosa" para acabar com as suas operações.
"Desmantelar a UNRWA teria repercussões duradouras", nomeadamente "agravar a crise humanitária na Faixa de Gaza e acelerar a chegada da fome"", avisou na ocasião.
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