Famílias não sabem se os seus entes queridos estão vivos ou mortos, nem quando serão libertados.
Os familiares dos reféns israelitas que ainda se mantêm sob poder do grupo terrorista Hamas juntaram-se na noite após ter sido anunciado o cessar-fogo, na mesma praça onde faziam comícios há mais de um ano a exigir o retorno dos seus entes queridos.
REUTERS/Ronen Zvulun
O primeiro grupo de 33 reféns libertados deverá chegar a Israel no domingo, dia 19, e as negociações para a libertação dos restantes 65 começam duas semanas depois. Ainda não se sabe quem está vivo ou morto na lista de reféns.
O grupo Bring Them Home, que representa as famílias dos reféns, emitiu um comunicado em que expressa "alegria e alívio esmagadores" pelo acordo. Contudo, os familiares ainda desconhecem muita coisa.
"É uma montanha russa", afirmou à agência noticiosa Reuters Yosi Shnaider, prima de Shiri Bibas, mulher que foi feita refém com o marido Yarden e os filhos Ariel e Kfir, de quatro anos e dez meses. Estas duas crianças são as únicas que se mantêm reféns desde o acordo de novembro de 2023 que também conduziu à libertação de mais de 100 israelitas, entre os 251 raptados pelo Hamas a 7 de outubro de 2023.
"Não sabemos se eles estão na lista, se voltam na primeira fase, se estão vivos, se não. Na verdade não sabemos de nada. É assustador", lamenta Yosi Shnaider. "As famílias não aguentam mais. Não tenho palavras que descrevam o difícil que é."
Alguns familiares duvidam que os seus entes queridos voltem de facto devido às complicações de negociar com o grupo terrorista. "Isto não é um acordo, é só um inferno", afirmou Daniel Algarat, cujo irmão Itzhak Elgarat, de 69 anos, foi raptado no kibbutz Nir Oz. "Trump prometeu-nos o inferno e nós estamos no inferno. O governo não tem um mandato para só voltarem parte dos reféns, precisam de os fazer voltar a todos. O meu irmão vai chegar no primeiro grupo mas não sabemos qual é o estado dele, se está vivo, não sabemos nada."
O acordo entre Israel e o Hamas tem três fases, sendo que as duas últimas ainda vão ser negociadas. Israel pretende o retorno de todos os reféns e dos corpos dos mortos, e o Hamas quer a retirada completa das tropas israelitas da Faixa de Gaza.
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