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EUA ameaçam aliados europeus de restrições de dados se não vetarem a Huawei

31 de maio de 2019 às 13:42
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Os EUA e a China atravessam uma crise diplomática centrada numa guerra comercial que dura há dois anos e que tem levado a uma escalada de sanções e de aumentos de taxas tarifárias.

O secretário de Estado norte-americano,Mike Pompeo, alertou, esta segunda-feira, os aliados europeus de que mudará o seu comportamento em relação às informações que partilha com eles se não tomarem medidas contra a empresa chinesa Huawei.

Os EUA dizem-se preocupados com a capacidade de espionagem a partir de equipamentos eletrónicos e de software de rede5Gque a empresa de telecomunicações chinesaHuaweiestá a disseminar em vários países europeus e já antes tinham avisado que deixariam de partilhar dados militares com os países que usem esse material.

Hoje, numa conferência de Imprensa em Berlim, ao lado do ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, Pompeo voltou a falar do relacionamento com a China e das divergências comerciais que os separam, deixando avisos aos parceiros europeus.

"Temos de mudar o nosso comportamento, porque não podemos permitir que informações de cidadãos privados dos EUA ou dados de segurança nacional cruzem redes que não consideramos confiáveis", explicou o chefe da diplomacia norte-americana.

No início do ano, Pompeo já tinha dito ao governo alemão e ao governo do Reino Unido que as Forças Armadas dos EUA deixariam de partilhar informações militares, enquanto a Huawei tivesse uma presença nas redes de telecomunicações desses dois países europeus.

Os EUA e a China atravessam uma crise diplomática centrada numa guerra comercial que dura há dois anos e que tem levado a uma escalada de sanções e de aumentos de taxas tarifárias.

Recentemente, o governo norte-americano impediu empresas norte-americanas de ceder tecnologia à empresa Huawei.

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O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.