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EUA admitem que "talibãs moderados" integrem governo do Afeganistão

23 de outubro de 2017 às 16:34
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Rex Tillerson afirmou disse haver lugar para talibãs no governo do Afeganistão, desde que renunciem à violência e ao terrorismo.

Rex Tillerson, chefe da diplomacia dos Estados Unidos, afirmou esta segunda-feira que há lugar para talibãs moderados no governo do Afeganistão, desde que renunciem à violência e ao terrorismo.

O secretário de Estado norte-americano reforçou a pressão sobre o Paquistão para que não permita a presença de grupos terroristas no território.

Tillerson realizou uma visita não anunciada ao Afeganistão, durante a qual se reuniu com o presidente, Ashraf Ghani, com o presidente executivo [cargo criado em 2014, equivalente ao de primeiro-ministro], Abdullah Abdullah, e com outros dirigentes.

"Vamos naturalmente ter de continuar a combater os talibãs, e outros, para que compreendam que nunca vão ter uma vitória militar", disse Tillerson.

"E há, acreditamos, elementos moderados entre os talibãs, elementos que não querem combater para sempre. Que não querem que os seus filhos combatam para sempre. E nós queremos envolvê-los num processo de reconciliação que conduza a um processo de paz e à sua participação plena no governo", acrescentou.

"Há lugar para eles no governo se estiverem preparados para vir, renunciar ao terrorismo, renunciar à violência e empenhar-se num Afeganistão estável e próspero", disse.

A visita de Tillerson, que o vai levar ainda esta semana à Índia e ao Paquistão, destina-se a apresentar a política asiática da administração do presidente norte-americano Donald Trump, que nestes três países se centra no combate aos grupos extremistas.

"Queremos trabalhar com os nossos parceiros para garantir que não há ameaças na região [...] Estamos a trabalhar de perto com o Paquistão", disse.

"O Paquistão precisa de ter uma visão clara da situação com que se confronta em matéria de organizações terroristas que encontram um refúgio seguro no território. E queremos trabalhar com o Paquistão para criar um Paquistão mais estável e mais seguro".

Esta primeira visita de Tillerson ao Afeganistão desde que tomou posse serviu também para o secretário de Estado afirmar o empenho dos Estados Unidos na estabilização do país, com o anúncio do destacamento de mais 3.000 militares, a juntar aos 11.000 já no terreno para dar formação e apoio às forças afegãs.

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