Ancara decidiu abrir as suas fronteiras e deixar passar as ondas de refugiados para a Europa e, nomeadamente, para a Grécia. Erdogan acusou os países europeus, entre os quais a Grécia, de "passar por cima" dos direitos humanos.
O presidente turco,Recep Tayyip Erdogan, avisou esta quarta-feira que a Europa tem de apoiar iniciativas turcas para resolver o conflito na Síria, se quiser acabar com a crise migratória.
"Se os países europeus querem resolver o problema, têm de apoiar soluções políticas e humanitárias turcas na Síria", disse Erdogan durante um discurso, em Ancara.
As declarações do chefe de Estado turco foram feitas numa altura em que a crise migratória se tornou mais complexa, já que Ancara decidiu abrir as suas fronteiras e deixar passar as ondas de refugiados para a Europa e, nomeadamente, para a Grécia.
No seu discurso, Erdogan acusou os países europeus, entre os quais a Grécia, de "passar por cima" dos direitos humanos quando "bate, afunda barcos e até dispara" em migrantes que tentam entrar na Europa.
"Os gregos, que usam todos os meios para impedir que os migrantes entrem no seu território - chegando a afogá-los ou matando-os com balas reais - não se devem esquecer de que, um dia, também poderão precisar de compaixão", afirmou.
Atenas nega ter matado migrantes que estivessem a tentar entrar no seu território.
A Turquia está a tentar obter mais apoio ocidental contra o regime sírio e o seu aliado russo, tendo aberto a sua fronteira com a Grécia na sexta-feira, para permitir que os migrantes entrassem na Europa.
Após essa decisão, milhares de pessoas reuniram-se na fronteira de Pazarkule-Kastanies e vários barcos de borracha cheios de migrantes têm tentado chegar às ilhas gregas do mar Egeu Lesbos, Chios e Samos.
Vários líderes europeus descreveram a decisão de Ancara de abrir as suas fronteiras como "chantagem", questão que deverá ser debatida hoje numa reunião agendada entre Erdogan e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
O Presidente turco também vai reunir-se com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, na quinta-feira, encontro em que espera conseguir convencer a Rússia a alinhar com um cessar-fogo na região síria de Idlib (noroeste).
Espero "alcançar um cessar-fogo o mais rápido possível na região de Idlib", onde Ancara está a fazer uma operação contra o Presidente sírio, Bashar al-Assad.
O regime sírio, apoiado por Moscovo, realiza uma ofensiva desde dezembro para retomar a província de Idlib, o último bastião de rebeldes e 'jihadistas' pró-Ancara no noroeste da Síria.
Os combates e os bombardeamentos causaram um desastre humanitário, com quase um milhão de pessoas deslocadas das suas casas.
Erdogan exige apoio da Europa na Síria para resolver crise migratória
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